Pilotos do Legacy vivem rotina de clausura em hotel

Os pilotos do jato Legacy, Joe Lepore e Jan Paldino, envolvidos na colisão com o Boeing da Gol, que deixou 154 pessoas mortas no final de setembro, passam a maior parte do tempo fechados na suíte presidencial onde estão hospedados. A rotina dos dois no Hotel Marriott, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, segundo relato de funcionários do hotel ao jornal O Estado de S.Paulo, se restringe a assistir televisão, ler e falar com parentes e amigos pela internet e telefone. Ele não utilizam nenhum dos ambientes que o hotel dispõe, como piscina, sauna, academia, lounge bar e restaurantes, um com bufê e outro japonês.

O quarto dos pilotos é vigiado 24 horas por dia, mas eles não tem qualquer restrição para sair das dependências do hotel. A ExcelAire, para a qual trabalham, paga diária de R$ 4.350. Até hoje, a conta chega a R$ 230.550.

As janelas da suíte passam o tempo inteiro cobertas por um tecido preto. Esta medida é defendida pelo advogado dos pilotos Theo Dias. "Eles têm todas as razões do mundo para buscar privacidade. Está se falando muito do trauma pelo qual os controladores de vôo estão passando, mas é o mesmo dos pilotos. Só que eles estão num país estrangeiro, longe das famílias e inseguros com relação ao seu futuro", disse Dias ao jornal.