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Ucrânia debate crise dos anos 30 e acusações de genocídio
A Ucrânia lembra hoje a morte de milhões de camponeses de fome na coletivização obrigatória das terras decretada por Stalin, com as opiniões divididas sobre a declaração do processo como um genocídio contra o povo ucraniano.
Na capital, Kiev, haverá lugar uma cerimônia oficial, com o lançamento da pedra fundamental da sede do futuro memorial em honra aos milhões de vítimas da coletivização e da repressão política stalinista.
O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, e outros líderes políticos e religiosos participarão de uma manifestação na praça de Sófia.
Yushchenko apresentou em outubro ao Parlamento um projeto de lei que declara como "genocídio" a morte de milhões de camponeses ucranianos, que será votado no início desta semana.
A fome matou de 7 a 10 milhões de camponeses em 1932 e 1933, deixando uma marca muito profunda na memória dos ucranianos. E Yushchenko assumiu a tarefa de fazer justiça a seus antepassados.
No entanto, o primeiro-ministro, Viktor Yanukovich, e o seu Partido das Regiões, já anunciaram sua oposição ao projeto, assim como os comunistas.
A Rússia, herdeira da União Soviética, sustenta que a coletivização também deixou um rastro de fome e desolação na Rússia, na bacia do Volga, no Cáucaso, no Cazaquistão e no Quirguistão.
Caso Moscou assumisse a responsabilidade e reconhecesse a crise da fome como "genocídio contra o povo ucraniano", poderia ter de indenizar Kiev, abrindo um perigoso precedente.
Em 1930, Stalin lançou seu ambicioso plano de coletivização das terras. O processo de dois anos foi especialmente violento na Ucrânia, então chamada de "celeiro da Europa" e um dos maiores produtores de trigo do mundo.
Muitos camponeses ucranianos resistiram, o que provocou a ira de Stalin. Ele mandou confiscar os produtos agrícolas e comestíveis durante um ano para dobrar a oposição da população.
Segundo diversos historiadores, na primavera de 1933 chegaram a morrer até 25 mil pessoas por dia. Foram documentados até mesmo casos de canibalismo.
Na capital, Kiev, haverá lugar uma cerimônia oficial, com o lançamento da pedra fundamental da sede do futuro memorial em honra aos milhões de vítimas da coletivização e da repressão política stalinista.
O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, e outros líderes políticos e religiosos participarão de uma manifestação na praça de Sófia.
Yushchenko apresentou em outubro ao Parlamento um projeto de lei que declara como "genocídio" a morte de milhões de camponeses ucranianos, que será votado no início desta semana.
A fome matou de 7 a 10 milhões de camponeses em 1932 e 1933, deixando uma marca muito profunda na memória dos ucranianos. E Yushchenko assumiu a tarefa de fazer justiça a seus antepassados.
No entanto, o primeiro-ministro, Viktor Yanukovich, e o seu Partido das Regiões, já anunciaram sua oposição ao projeto, assim como os comunistas.
A Rússia, herdeira da União Soviética, sustenta que a coletivização também deixou um rastro de fome e desolação na Rússia, na bacia do Volga, no Cáucaso, no Cazaquistão e no Quirguistão.
Caso Moscou assumisse a responsabilidade e reconhecesse a crise da fome como "genocídio contra o povo ucraniano", poderia ter de indenizar Kiev, abrindo um perigoso precedente.
Em 1930, Stalin lançou seu ambicioso plano de coletivização das terras. O processo de dois anos foi especialmente violento na Ucrânia, então chamada de "celeiro da Europa" e um dos maiores produtores de trigo do mundo.
Muitos camponeses ucranianos resistiram, o que provocou a ira de Stalin. Ele mandou confiscar os produtos agrícolas e comestíveis durante um ano para dobrar a oposição da população.
Segundo diversos historiadores, na primavera de 1933 chegaram a morrer até 25 mil pessoas por dia. Foram documentados até mesmo casos de canibalismo.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/258489/visualizar/
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