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Economia
Sexta - 24 de Novembro de 2006 às 09:53

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São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de novembro, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio dentro do esperado, e permitiu uma ligeira queda das taxas de juros futuros na abertura dos negócios na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008 projetava taxa de 12,93% ao ano, ante 12,95% ao ano do dia anterior, às 10h07.

Porém essa reação do mercado ainda não indica a consolidação de uma aposta majoritária para a taxa de juros, a Selic, a ser definida na semana que vem pelo Comitê de Política Monetária (Copom). "A briga entre o 0,25 ponto e o 0,5 ponto promete ser ferrenha até o dia da reunião", define um operador. Segundo o profissional, o contrato de curto prazo projeta um corte ao redor de 0,40 ponto percentual da Selic, ou seja, uma vantagem muito pequena do 0,5 ponto nas apostas em relação ao 0,25 ponto.

Embora o IPCA-15 tenha apenas confirmado uma pressão considerada passageira da inflação, provocada por fatores pontuais - especialmente alimentos -, é um fato que a aceleração dos índices de preço pode ser usada como um argumento para que o Copom reduza o ritmo de corte de juros, como vem "ameaçando" há duas reuniões. "O juro está em um nível muito baixo e, como o Copom já mostrou disposição em desacelerar o corte, a inflação mais alta pode ser uma justificativa importante", diz um operador.

O IPCA-15 de novembro registrou alta de 0,37%, ante 0,29% em outubro, e ligeiramente acima da mediana das projeções, de 0,35%. Mais uma vez, foi o preço das carnes a principal fonte de pressão. (Lucinda Pinto)





Fonte: Agência de Notícias

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