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Sexta - 24 de Novembro de 2006 às 09:47

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20 pessoas -dentre elas 3 mulheres- presas hoje pela Polícia Federal em Paranaía e Alta Floresta, na operação Kaiabys, acabam de ser recambiadas para a cadeia Sinop. Eles foram presos por determinação da Justiça Federal sob acusação de grilagem de terras indígenas. O juiz federal Julier Sebastião da Silva, de Cuiabá, mandou prender 94 pessoas no Estado e afirmou, em seu despacho que, "os fatos descritos pelo Ministério Público Federal são bastante graves e estão a merecer a devida atenção e atuação por parte deste órgão jurisdicional no sentido de possibilitar o desenvolvimento e a conclusão das investigações policiais existentes, que têm como foco a atuação de poderosa e ramificada organização criminosa formada por empresários, madeireiros, proprietários rurais, grileiros, técnicos, consultores ambientais e servidores públicos do IBAMA e da FEMA/MT, cujos delitos envolvem a grilagem de terras públicas; a exploração das florestas da terra indígena Kayabi; crimes contra o meio ambiente e a Administração Pública; a extração, transporte e comercialização ilegal de madeiras; e genocídio contra as etnias indígenas Kayabi, Apiaká e Munduruku, que vivem na reserva Kayabi".

O juiz Julier da Silva afirma, ainda, que foi constada nas reservas indígenas no Nortão "grileiros, que promovem as ações de esbulho e providenciam os recursos financeiros, materiais e humanos para a consecução dos objetivos da quadrilha, suporte técnico, composto por técnicos e consultores ambientais encarregados de obter facilidades nos órgãos públicos relacionados, corromper seus servidores, regularizar as terras griladas e elaborar e fazer aprovar os projetos de exploração e manejo florestais fraudulentos, empresários e madeireiros que financiam a grilagem e adquirem as madeiras extraídas ilegalmente da área indígena, valendo-se ainda de servidores públicos corruptos para garantir seus interesses nos órgãos públicos ambientais federal e do Estado de Mato Grosso e servidores públicos do IBAMA e da FEMA/MT - os quais interagem com os membros do bando e praticam atos funcionais de interesse daquele, mediante pagamento de propina ou recebimento de vantagens variadas".

O delegado da PF Aldo Brandão (foto) explicou, ao Só Notícias, que uma das equipes da `operação Kaiaby´, que os acusados respondem por grilagem de terras e exploração ilegal de madeira. Houve busca e apreensão de materiais que será analisado e disso vamos instruir os próximos passos da investigação". Brandão disse que ainda há diversos mandados de prisão que devem ser concluídos nos próximos dias. Dentre os acusados há empresários, profissionais liberais e servidores públicos (Ibama e Sema).

Em Sinop, a PF tentou prender, nesta quarta-feira, dois proprietários de uma empresa que recupera máquinas usadas na atividade madeireira e agrícola, além de um engenheiro florestal que não foram encontrados. Uma mulher acabou sendo presa. As prisões têm prazo de 30 dias podendo ser prorrogadas.





Fonte: Show de Noticias

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