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Nacional
Quinta - 23 de Novembro de 2006 às 18:27

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A Petrobras vai enviar ao Ministério de Minas e Energia, ao Operador Nacional do Sistema (ONS) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) proposta para alterar a forma de despacho das usinas termelétricas utilizada hoje. A informação foi dada pelo gerente de planejamento de Gás e Energia da estatal, Rodolpho Sivieri, em apresentação durante o Fórum Gás Brasil.

Segundo ele, a proposta prevê que as térmicas fiquem disponíveis apenas em determinados períodos do ano e não mais durante os 365 dias. A idéia é que as térmicas tivessem lastro garantido apenas durante o período de seca no Brasil. Nesta época, segundo ele, a Petrobras também propõe que as térmicas fossem utilizadas mais constantemente e não apenas quando os reservatórios chegassem a níveis muito baixos.

"É uma idéia que não é da Petrobras exclusivamente, mas sim um consenso do mercado. Na prática, o ONS não precisa esperar que os reservatórios cheguem a 50% de sua capacidade para despachar uma térmica. A unidade pode ser acionada com reservatórios a 80% neste período de seca. Poupando água é uma forma de estocar o gás, que não pode ser armazenado", explicou.

De acordo com Sivieri, a proposta conseguiria também reduzir os riscos da cadeia industrial, que hoje "tem medo" de apostar no gás, porque não consegue dimensionar a possibilidade de falta deste combustível. "Uma empresa que está na dúvida entre passar a usar esta fonte de energia, ou mesmo uma que já se converteu ao gás, acaba embutindo nos preços de seus produtos o risco de ficar sem gás em 100% do ano. Se ela souber que pode não contar com o gás apenas em 30% do ano, diminui o custo deste risco e ela precifica em cima apenas deste período", explicou.





Fonte: AE

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