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Nacional
Quinta - 23 de Novembro de 2006 às 16:40

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Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em conjunto com o Instituto para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) indica que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer, em média, 3,2% nos próximos dez anos, se a política econômica atual for mantida.

O documento, divulgado hoje (23), propõe medidas que devem ser implantadas pelo governo e que possibilitam que o PIB chegue a até 7% em 2016. Para o ano que vem, as perspectivas da Fiesp e Iedi, caso as propostas sejam seguidas pela equipe econômica do governo, indicam crescimento de 4,9%.

De acordo com as duas entidades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sabe da existência do estudo, que foi encaminhado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, pouco antes de sua conclusão. O documento completo deve ser encaminhado a Lula ainda hoje, segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Para alcançar essas metas, as entidades propõem a redução dos gastos públicos, da taxa de juros, do número de cargos de confiança no governo federal, do número de ministérios e corte das despesas com passagens, locomoção, diárias e auxílio-alimentação. As entidades propõem ainda reajuste salarial zero nos próximos dois anos para o funcionalismo público.

O estudo sugere ainda que as metas de inflação sejam de 4,5% em 2007 e 2008, 4% em 2009, 3,5% em 2010, e após esse período, 3%.

De acordo com o estudo é possível também obter o déficit nominal zero com a redução das despesas financeiras, revisão geral dos gastos correntes, novo modelo de gestão de ativos públicos, eficiência na gestão e a uma nova Previdência.

Skaf afirmou que o projeto mostra exatamente o que representa para o país manter a política econômica atual e dá sugestões concretas para modificar a realidade atual. "O Brasil e a sociedade brasileira merecem estar em uma situação melhor. Nós temos crescido muito pouco, muito abaixo das médias mundiais. O Brasil tem potencial para crescer, mas nós nos desacostumamos. Há 25 anos nós temos crescimento pífio".

Ele disse ainda que o crescimento para o Brasil não é nenhum milagre e para que ocorra precisa de vontade política para definir e priorizar as necessidades do país.

Skaf disse acreditar que o governo se disponha a adotar as sugestões, já que as metas são interessantes para o desenvolvimento do país. E reforçou que o projeto é amplo e existem complementos e outros encaminhamentos a serem feitos.

"As metas não são nossas são do Brasil, interessam ao país. Obviamente se são questões, trabalho, sugestões, mudanças, choque de gestão, adaptações legais que vão beneficiar o Brasil, eu creio que todos vão se esforçar para que isso seja feito".





Fonte: Agência Brasil

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