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Nacional
Quinta - 23 de Novembro de 2006 às 12:18

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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou hoje os estudos do governo para desoneração da folha de salário. Segundo o ministro, o assunto é "consenso dentro do governo", mas ressaltou que existem resistências de setores da economia e, por isso, a decisão pode demorar um pouco mais. "As empresas que têm alto valor agregado certamente terão encarecimento de custos, por isso uma parte gosta e outra não gosta (da idéia), mas é preciso pensar no que é bom para o conjunto do País", comentou o ministro.

A idéia é retirar da folha de salário as alíquotas de contribuição para o Sistema "S" (Sesi, Senai, Senac, Sesc, entre outros) que variam hoje entre 1,5% e 2,5% e parte da contribuição patronal para a Previdência Social (20%). Com a transferência para valores agregados (faturamento ou receita) das empresas, haveria um alívio de custos sobre a folha. Os setores da economia que empregam maior mão de obra seriam beneficiados e aqueles que têm reduzido seus empregados e elevado seu faturamento por força dos avanços tecnológicos pagariam mais tributos.

Marinho, que hoje anunciou os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro, afirmou que é favorável a essa desoneração. "Sou da opinião de que aquilo que não é vinculado diretamente ao salário do trabalhador pode passar para o valor agregado. Penso que isso seria melhor para a sociedade brasileira e defendo isso historicamente", afirmou. Ele disse que o assunto está sendo discutido, mas disse que é cedo para confirmar se será realmente anunciado dentro do pacote de medidas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer adotar para incentivar o crescimento econômico do País. "Isso pode exigir uma negociação mais longa, mas o tema está colocado na mesa", afirmou.





Fonte: AE

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