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TV Senado expande sua rede aberta para Salvador
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), inaugurou ontem a transmissão da TV Senado por canal aberto para Salvador. Brasília foi a primeira capital a receber a programação via UHF. "A intenção é instalar um transmissor de UHF em cada capital", disse o jornalista James Gama, diretor da TV, que é transmitida para todo o País por antena parabólica, pela TV por assinatura e em dois canais na internet.
A TV Senado foi criada há 10 anos e custa R$ 12 milhões anuais. A Câmara também tem a sua TV, com custo de R$ 7,13 milhões ao ano. Ambas são voltadas para a divulgação de notícias das duas Casas. É claro que os parlamentares aproveitam a estrutura nacional das emissoras para mandar recados aos eleitores. Além de serem mostrados durante todas as sessões do plenário e nas CPIs - a ponto de disputarem as bancadas da frente -, são os entrevistados dos principais programas de notícia.
Na campanha, os 497 deputados e 46 senadores que concorreram estavam sempre em condições privilegiadas de disputa, usufruindo dos benefícios existentes apenas para quem tem mandato. O palanque eletrônico ganhou tal importância que muitos, em vez de ir a seus Estados, ficavam em Brasília fazendo discursos.
Cristovam Buarque (DF), candidato à Presidência pelo PDT, subia à tribuna do Senado para anunciar, diante das câmeras, a criação de uma guarda nacional, além de falar sobre educação; a senadora Heloísa Helena (AL), candidata do PSOL, amaldiçoava o governo de seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva e foi à tribuna justificar o crescimento de seu patrimônio.
Candidato ao governo do Amazonas, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, aproveitou a TV para prometer um choque de gestão. Derrotado, continua a ocupar a tribuna e a ser um dos mais assíduos na TV Senado. A senadora Ana Júlia Carepa (PT), que venceu a eleição ao governo do Pará, usava a tribuna - e a TV, é lógico - para criticar seus adversários.
As duas TVs nunca mediram audiência. Mas sabe-se que as sessões atraem bom público. Isso revolucionou o guarda-roupa dos parlamentares. José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da minoria na Câmara, por exemplo, trocou as roupas amarrotadas por ternos impecáveis.
Para captar uma boa imagem, a câmera principal da TV Senado fica de frente para o parlamentar. O local foi cuidadosamente escolhido por engenheiros, por exigência do ex-senador Artur da Távola (PSDB-RJ), que não gostou de ver o brilho de sua careca na telinha.
Reclamações
Não são raras as vezes em que um senador reclama de boicote na programação da TV Senado e da Agência Senado (que distribui as notícias referentes às atividades dos senadores). O caso mais recente foi de Almeida Lima (PMDB-SE), que dia 8 se disse boicotado pela agência e afirmou que os governistas tinham maior espaço na TV.
O diretor de Comunicação Social do Senado, Armando Rollemberg, respondeu que jamais houve discriminação contra Almeida Lima ou outro senador. "Ele é um dos que mais aparecem no noticiário porque os oposicionistas ocupam a tribuna mais do que os governistas." (AE)
A TV Senado foi criada há 10 anos e custa R$ 12 milhões anuais. A Câmara também tem a sua TV, com custo de R$ 7,13 milhões ao ano. Ambas são voltadas para a divulgação de notícias das duas Casas. É claro que os parlamentares aproveitam a estrutura nacional das emissoras para mandar recados aos eleitores. Além de serem mostrados durante todas as sessões do plenário e nas CPIs - a ponto de disputarem as bancadas da frente -, são os entrevistados dos principais programas de notícia.
Na campanha, os 497 deputados e 46 senadores que concorreram estavam sempre em condições privilegiadas de disputa, usufruindo dos benefícios existentes apenas para quem tem mandato. O palanque eletrônico ganhou tal importância que muitos, em vez de ir a seus Estados, ficavam em Brasília fazendo discursos.
Cristovam Buarque (DF), candidato à Presidência pelo PDT, subia à tribuna do Senado para anunciar, diante das câmeras, a criação de uma guarda nacional, além de falar sobre educação; a senadora Heloísa Helena (AL), candidata do PSOL, amaldiçoava o governo de seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva e foi à tribuna justificar o crescimento de seu patrimônio.
Candidato ao governo do Amazonas, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, aproveitou a TV para prometer um choque de gestão. Derrotado, continua a ocupar a tribuna e a ser um dos mais assíduos na TV Senado. A senadora Ana Júlia Carepa (PT), que venceu a eleição ao governo do Pará, usava a tribuna - e a TV, é lógico - para criticar seus adversários.
As duas TVs nunca mediram audiência. Mas sabe-se que as sessões atraem bom público. Isso revolucionou o guarda-roupa dos parlamentares. José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da minoria na Câmara, por exemplo, trocou as roupas amarrotadas por ternos impecáveis.
Para captar uma boa imagem, a câmera principal da TV Senado fica de frente para o parlamentar. O local foi cuidadosamente escolhido por engenheiros, por exigência do ex-senador Artur da Távola (PSDB-RJ), que não gostou de ver o brilho de sua careca na telinha.
Reclamações
Não são raras as vezes em que um senador reclama de boicote na programação da TV Senado e da Agência Senado (que distribui as notícias referentes às atividades dos senadores). O caso mais recente foi de Almeida Lima (PMDB-SE), que dia 8 se disse boicotado pela agência e afirmou que os governistas tinham maior espaço na TV.
O diretor de Comunicação Social do Senado, Armando Rollemberg, respondeu que jamais houve discriminação contra Almeida Lima ou outro senador. "Ele é um dos que mais aparecem no noticiário porque os oposicionistas ocupam a tribuna mais do que os governistas." (AE)
Fonte:
Agência de Notícias
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/258933/visualizar/
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