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Não-índios querem fazer a colheita da área, mas MPF se manifestou contra o pedido, argumentando que a plantação é responsabilidade da União
Fazendeiros querem aplicar defensivos
Fazendeiros que ocupavam a Terra Indígena Marãiwatséde têm recorrido à Justiça Federal pedindo autorização para retornar à área para aplicar defensivos agrícolas e colher a safra de soja. Em todos os pedidos, o Ministério Público Federal tem se manifestado contrário ao retorno dos produtores e responsabilizou a União pela gestão das lavouras.
A procuradora Vanessa Ribeiro Scarmagnani, que se manifestou diante do pedido de um dos fazendeiros que pleiteiam o retorno à área para a colheita da soja, afirmou que a partir do momento que foi reconhecida a ilicitude da posse e a má-fé daqueles que ocupavam a terra indígena, cessou qualquer direito dos não-indígenas sobre a área ocupada.
Os produtores alegam a contaminação da lavoura pela ferrugem asiática. Diante do argumento, a procuradora afirmou que compete à União, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) adotarem providências para a aplicação de defensivos agrícolas para prevenir o surto de ferrugem asiática. “Inexiste direito à aplicação de defensivos agrícolas ou de colheita da safra cultivada, uma vez que, com a desintrusão da terra indígena, as ações para conservação dos bens devem ser levadas a efeito pela depositária (Funai) e pela proprietária da área (União)”. A Justiça Federal tem indeferido os pedidos dos fazendeiros.
Em manifestação encaminhada à Justiça Federal, o MPF requereu que seja determinado à Funai não autorizar pedidos administrativos de retorno à terra indígena sem submetê-lo ao crivo judicial, para assegurar a eficácia da decisão judicial e a tutela do direito do povo Xavante àquela terra.
MARÃIWATSÉDE - Homologada em 1998, por meio de um decreto presidencial, como terra indígena de ocupação tradicional do povo Xavante, Marãiwatséde passou pelo processo de desintrusão, que é a saída de todos os ocupantes não-índígenas, somente 14 anos depois.
A retirada dos não-indígenas foi determinada por decisão judicial exarada em ação ajuizada pelo MPF em Mato Grosso. Em janeiro de 2013 a Funai anunciou a conclusão do trabalho de desintrusão com a desocupação de todos os 619 pontos residenciais e comerciais que estavam localizados dentro da terra indígena.
Com aproximadamente 165 mil hectares, a Terra Indígena Marãiwatséde é localizada nos municípios de Alto Boa Vista, São Felix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia, na região noroeste de Mato Grosso.
A procuradora Vanessa Ribeiro Scarmagnani, que se manifestou diante do pedido de um dos fazendeiros que pleiteiam o retorno à área para a colheita da soja, afirmou que a partir do momento que foi reconhecida a ilicitude da posse e a má-fé daqueles que ocupavam a terra indígena, cessou qualquer direito dos não-indígenas sobre a área ocupada.
Os produtores alegam a contaminação da lavoura pela ferrugem asiática. Diante do argumento, a procuradora afirmou que compete à União, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) adotarem providências para a aplicação de defensivos agrícolas para prevenir o surto de ferrugem asiática. “Inexiste direito à aplicação de defensivos agrícolas ou de colheita da safra cultivada, uma vez que, com a desintrusão da terra indígena, as ações para conservação dos bens devem ser levadas a efeito pela depositária (Funai) e pela proprietária da área (União)”. A Justiça Federal tem indeferido os pedidos dos fazendeiros.
Em manifestação encaminhada à Justiça Federal, o MPF requereu que seja determinado à Funai não autorizar pedidos administrativos de retorno à terra indígena sem submetê-lo ao crivo judicial, para assegurar a eficácia da decisão judicial e a tutela do direito do povo Xavante àquela terra.
MARÃIWATSÉDE - Homologada em 1998, por meio de um decreto presidencial, como terra indígena de ocupação tradicional do povo Xavante, Marãiwatséde passou pelo processo de desintrusão, que é a saída de todos os ocupantes não-índígenas, somente 14 anos depois.
A retirada dos não-indígenas foi determinada por decisão judicial exarada em ação ajuizada pelo MPF em Mato Grosso. Em janeiro de 2013 a Funai anunciou a conclusão do trabalho de desintrusão com a desocupação de todos os 619 pontos residenciais e comerciais que estavam localizados dentro da terra indígena.
Com aproximadamente 165 mil hectares, a Terra Indígena Marãiwatséde é localizada nos municípios de Alto Boa Vista, São Felix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia, na região noroeste de Mato Grosso.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/25896/visualizar/
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