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Acusações esquentam campanha eleitoral no Equador
Quito - Se nas ruas de Quito o clima de eleição presidencial esquenta apenas em banho-maria, as campanhas dos dois candidatos para o segundo turno de domingo se incendeiam em acusações e um festival de golpes baixos. O magnata das bananas e homem mais rico do Equador, Álvaro Noboa, candidato mais votado no primeiro turno de 15 de outubro (26,8% dos votos), não hesita em acusar seu rival, o nacionalista Rafael Correa (que teve 22,8% dos votos), de pretender incluir o país num 'eixo do mal' tropical-andino, ao lado de Venezuela, Bolívia, Cuba e Nicarágua.
Noboa ataca com insistência as ligações entre Correa e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, - uma aliança que tem ampla rejeição da população, pelo menos na capital, Quito.
Correa conhece bem a resistência dos equatorianos à idéia de Chávez 'meter a pata' - como define a maioria dos quitenhos - no Equador. Por isso, distanciou-se do venezuelano nas últimas semanas, fazendo críticas a Chávez por ter emitido declarações sobre o processo eleitoral no Equador. As acusações sobre a influência chavista são difíceis de ser provadas, mas, em Quito, circula livremente e com grande intensidade o rumor de que os petrodólares venezuelanos se infiltraram na campanha de Correa.
'Eu te conheço, bacalhau, ainda que venhas disfarçado', acusou Noboa, referindo-se ao vínculo Correa-Chávez, num comício na terça-feira à noite. 'O problema dele (Noboa) é que ele herdou mais contas bancárias do que neurônios', rebateu Correa, negando a aliança com o líder venezuelano.
A campanha de Correa também faz circular pela internet a informação de que Noboa subornou juízes e promotores e usou de sua influência no Judiciário para que ele não fosse indiciado por narcotráfico.
Segundo a nota, um navio bananeiro de Noboa foi interceptado numa operação antidrogas em 1999. Entre o carregamento de bananas teriam sido encontrados 55 quilos de cocaína. 'As leis dizem que quando há uma apreensão de drogas, os bens dos proprietários do navio devem ser congelados e a sua tripulação, presa. Mas nada disso aconteceu', diz a nota.
Na TV, com os spots assinados com o trocadilho 'dá-lhe Correa' (no sentido de chicotear), a campanha do esquerdista também tem mostrado depoimentos de ex-empregados de Noboa supostamente demitidos por apoiar o candidato rival.
Correa também acusa o adversário de ter forjado uma gravação com uma suposta conversa telefônica entre ele e Chávez. 'Fiquem atentos', alertou a seus partidários. 'Nunca na minha vida conversei com o presidente Chávez por telefone. Nas três ou quatro vezes que conversamos, fizemos isso pessoalmente.'
Noboa, por seu lado, acusa o economista Correa de pretender acabar com a dolarização, a solução encontrada em 2000 para frear a inflação galopante que ameaçava virar hiper e se convertera em mais um fator de instabilidade política no Equador. Na última década, nenhum dos três presidentes eleitos terminou seu mandato.
O temor dos arquitetos da campanha de Correa é o de que as novas denúncias de Noboa causem um retrocesso na até agora bem-sucedida estratégia de renegar Chávez.
Na última pesquisa, da Goldman Sachs, divulgada na semana passada, Noboa liderava com 40% das intenções de voto, mas Correa tinha 37% - um empate técnico, levando-se em conta a margem de erro de 3 pontos, para mais ou para menos. Uma semana antes, a mesma sondagem dava 47% a 32% em favor de Noboa. (Roberto Lameirinhas, enviado especial)
Noboa ataca com insistência as ligações entre Correa e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, - uma aliança que tem ampla rejeição da população, pelo menos na capital, Quito.
Correa conhece bem a resistência dos equatorianos à idéia de Chávez 'meter a pata' - como define a maioria dos quitenhos - no Equador. Por isso, distanciou-se do venezuelano nas últimas semanas, fazendo críticas a Chávez por ter emitido declarações sobre o processo eleitoral no Equador. As acusações sobre a influência chavista são difíceis de ser provadas, mas, em Quito, circula livremente e com grande intensidade o rumor de que os petrodólares venezuelanos se infiltraram na campanha de Correa.
'Eu te conheço, bacalhau, ainda que venhas disfarçado', acusou Noboa, referindo-se ao vínculo Correa-Chávez, num comício na terça-feira à noite. 'O problema dele (Noboa) é que ele herdou mais contas bancárias do que neurônios', rebateu Correa, negando a aliança com o líder venezuelano.
A campanha de Correa também faz circular pela internet a informação de que Noboa subornou juízes e promotores e usou de sua influência no Judiciário para que ele não fosse indiciado por narcotráfico.
Segundo a nota, um navio bananeiro de Noboa foi interceptado numa operação antidrogas em 1999. Entre o carregamento de bananas teriam sido encontrados 55 quilos de cocaína. 'As leis dizem que quando há uma apreensão de drogas, os bens dos proprietários do navio devem ser congelados e a sua tripulação, presa. Mas nada disso aconteceu', diz a nota.
Na TV, com os spots assinados com o trocadilho 'dá-lhe Correa' (no sentido de chicotear), a campanha do esquerdista também tem mostrado depoimentos de ex-empregados de Noboa supostamente demitidos por apoiar o candidato rival.
Correa também acusa o adversário de ter forjado uma gravação com uma suposta conversa telefônica entre ele e Chávez. 'Fiquem atentos', alertou a seus partidários. 'Nunca na minha vida conversei com o presidente Chávez por telefone. Nas três ou quatro vezes que conversamos, fizemos isso pessoalmente.'
Noboa, por seu lado, acusa o economista Correa de pretender acabar com a dolarização, a solução encontrada em 2000 para frear a inflação galopante que ameaçava virar hiper e se convertera em mais um fator de instabilidade política no Equador. Na última década, nenhum dos três presidentes eleitos terminou seu mandato.
O temor dos arquitetos da campanha de Correa é o de que as novas denúncias de Noboa causem um retrocesso na até agora bem-sucedida estratégia de renegar Chávez.
Na última pesquisa, da Goldman Sachs, divulgada na semana passada, Noboa liderava com 40% das intenções de voto, mas Correa tinha 37% - um empate técnico, levando-se em conta a margem de erro de 3 pontos, para mais ou para menos. Uma semana antes, a mesma sondagem dava 47% a 32% em favor de Noboa. (Roberto Lameirinhas, enviado especial)
Fonte:
Agência de Notícias
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/258964/visualizar/
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