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Nacional
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 21:32

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Cientistas franceses afirmam ter tratado o silicone - o material ideal para semicondutores - de forma a torná-lo, paradoxalmente, em um supercondutor, não oferecendo qualquer resistência e, portanto, trazendo grande potencial de uso no setor energético.

O silicone é transformado através do "doping" com altos níveis de baro, usando um laser pulsante com pressão normal, explicam os cientistas em um artigo publicado na edição de quinta-feira da revista científica britânica Nature.

A supercondutividade no silicone tratado ocorre apenas a 0,3º Kelvin ou 0,3º C acima do zero absoluto (0º Kelvin, -273º C), o que significa que o novo material não tem uso prático e por enquanto seu interesse é apenas teórico.

A supercondutividade só foi encontrada em alguns materiais que, em temperaturas muito baixas, permitem a eletricidade fluir através deles sem oferecer qualquer resistência ou perder parte da energia como calor.

O interesse científico e industrial nos supercondutores é enorme, pois os cabos e dínamos supercondutores seriam muitas vezes mais eficientes do que o tradicional cobre e outros condutores.

Além disso, os computadores supercondutores poderiam ser muito mais rápidos do que os utilizados atualmente. Seus semicondutores seriam obstruídos pelo calor, um dos grandes problemas enfrentados atualmente por designers que recebem encomendas de circuitos cada vez mais complexos em um chip.

Os óxidos exóticos, resfriados por nitrogênio líquido, forneceram as melhores temperaturas de transição para a supercondutividade, com temperaturas de até 160º Kelvin (-113º C).

O artigo francês foi co-produzido por Etienne Bustarret, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) em Grenoble, sudeste da França.





Fonte: AFP

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