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Nacional
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 04:38

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Sebastião Estevão Tavares, de 71 anos, e Hilda Gonçalves, de 67, eram alvos fáceis. Foi essa avaliação que levou Luís Eduardo Cirino, de 29, a invadir a casa da Rua Caiová em busca de dinheiro. Ele confessou ter matado o casal a facadas. “Achei que seria fácil render os dois e ir embora”, disse o criminoso, ontem à tarde, ao ser transferido do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para o 77 º DP, em Santa Cecília.

Se ele só queria o dinheiro, por que matou o casal? Cirino tentou explicar: “Foi uma coisa de momento. Não sei mesmo. Eu precisava de dinheiro. Era tudo o que queria. Eu não queria a vida de ninguém.” Ele disse que levou a faca só para ter uma arma e tentou explicar o motivo de tantas facadas. “Eu dei algumas facadas na intenção de o senhor (Sebastião) largar o portão. Eu queria que ele soltasse. Foi isso.”

Antes de ser colocado no camburão, Cirino falou sobre arrependimento. “Eu me arrependo muito mesmo. Se eu pudesse, voltava atrás e desfazia tudo o que fiz. Mas não posso.” Nesse ponto, ele embargou a voz. E, pela primeira vez, demonstrou alguma emoção.

O advogado de Cirino, Yvan Gomes Miguel, vai tentar o relaxamento da prisão temporária e quer evitar que um júri popular. “Eu espero um julgamento mais técnico e menos emocional, menos levado pelo clamor público.

Na quinta-feira, o filho do casal, Rogério Gonçalves Tavares, 42 anos, e a mãe de Hilda, Isaura da Purificação, 93, devem depor no DHPP. A mãe e a irmã de Cirino (que teria visto o vulto de um homem esfaqueando alguém) também vão depor.





Fonte: AE

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