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Nacional
Quarta - 22 de Novembro de 2006 às 04:09

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O adiamento da data de vigência da nova tarifa de ônibus na cidade de São Paulo foi solicitado hoje pela Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal. O presidente da comissão, Adilson Amadeu (PTB), disse que as planilhas enviadas pela Prefeitura com os custos de operação do transporte público não são claras e há indícios de superfaturamento em vários itens. Não foi marcado novo dia para o reajuste. “Precisamos ver o que na realidade foi pago pelos operadores. A planilha mostra que houve aumento de 37,7% no custo do óleo diesel, por exemplo, e precisamos saber porque subiu tanto se o aumento no produto não chegou a esse índice”, disse Amadeu. O consumo de diesel passou de R$ 30 milhões no ano passado para R$ 41,4 neste exercício. E o custo total das empresas cresceu 24,3% - de R$ 256 milhões para R$ 318 milhões.

Os vereadores esperam que na quinta-feira, na próxima reunião da comissão, algum técnico da secretaria municipal de Transporte ou o próprio secretário Frederico Bussinger possa explicar a planilha e detalhar os custos. “Hoje precisamos de auxílio de auditores da Câmara para analisar esses números. E uma auditoria demoraria muito tempo para ser concluída”, afirmou o petebista.

Outro integrante da comissão, Antonio Doanto (PT), apontou que no item ‘depreciação’ da planilha, que mostra números de investimento na renovação da frota, houve aumento de 47,7%. Passou de R$ 19 milhões em 2005 para R$ 28,1 milhões neste ano. “Como subiu tanto se a frota continua a mesma? Essa diferença daria para comprar cerca de 4 mil ônibus novos. Mas a renovação foi pequena”, criticou Donato. No início do mês, a Prefeitura recebeu 200 novos veículos.

Com esse impasse, o aumento da tarifa de R$ 2 para R$ 2,30, uma elevação de 15%, deveria ser efetuada no dia 28, caso a Prefeitura não aceite o pedido dos vereadores. Inicialmente o prefeito Gilberto Kassab (PFL) previa a vigência dos R$ 2,30 já no próximo sábado, dia 25. Mas como o comunicado sobre o reajuste enviado ao Legislativo municipal não continha as planilhas de custos, a data foi prorrogada para o dia 28. Pela Lei Orgânica do Município, o parlamento tem cinco dias úteis para analisar o caso.

“Sabemos que a questão da remuneração do subsídio está pendente desde a gestão de Marta Suplicy (PT). Vamos analisar as planilhas com os mesmos parâmetros utilizados nos anos anteriores. Basicamente acho que há desequilíbrio de remuneração do sistema”, disse Dalton Silvano (PSDB), da base governista.

METRÔ - Hoje, o governador Cláudio Lembo (PFL) rejeitou o segundo estudo sobre o reajuste das tarifas do metrô. A planilha apresentada pelo secretário Jurandir Fernandes, de Transportes Metropolitanos, mudava a composição dos custos mas colocava o valor em R$ 2,50. Anteriormente Lembo recusou R$ 2,60. Novo estudo deve ser apresentado na quinta-feira. “Esta é a segunda vez. Vão aprender a fazer matemática financeira. Na pior das hipóteses o aumento começa a vigorar no dia 2 de dezembro”, disse o governador que vai pedir ao prefeito Kassab que os reajustes passem a valer na mesma data.

O governador disse hoje que um valor de R$ 2,40 “é bastante razoável”. Hoje a tarifa custa R$ 2,10. “Ainda estou achando os números muito altos. Não tenho pressa. Se os estudos não estiverem como quero, com caráter social, deixo para o próximo governador definir”, disse. A definição da nova tarifa do bilhete único de integração entre o transporte sobre trilhos na cidade - metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) - segundo Lembo, deve ser acertada na sexta-feira. Hoje está em R$ 3 e deve ir para R$ 3,50.





Fonte: AE

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