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Petrobras quer entrar no mercado de distribuição dos EUA
A Petrobras quer entrar no mercado de distribuição de combustíveis nos Estados Unidos, após adquirir 50% de uma refinaria de petróleo naquele país. "Nós precisamos continuar crescendo em todos os segmentos, da produção à distribuição", argumentou o gerente-executivo de Abastecimento da Petrobras, Alan Kardec, em palestra para jornalistas no Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP). E isso, segundo ele, inclui avaliar oportunidades em diversos mercados do mundo, inclusive nos Estados Unidos. Ele lembrou que a empresa patrocina equipes na Fórmula 1, que é uma forma de ser conhecida em diversas partes do mundo e facilitar a comercialização dos seus produtos.
O executivo disse que não há nenhum negócio na área de abastecimento nos Estados Unidos em análise, mas comentou que a estatal vê a estratégia com simpatia. E ele defende que a entrada da empresa no setor de distribuição naquele país se faça através da aquisição de uma rede já existente, "seja de pequeno ou de grande porte". Ele observou que crescer "a partir do zero" é muito difícil e a opção de comprar uma unidade já operando pode ser a melhor estratégia. "Podemos instalar um posto em Houston, no Texas, apenas para colocar a marca Petrobras. Mas se surgirem boas opções, estamos atentos", complementou.
Kardec disse que, com isso, a estatal brasileira busca "agregar valor" ao seu próprio petróleo, cuja produção tem sido crescente. Como o óleo brasileiro, em sua maior parte, é do tipo "pesado", acaba sendo negociado cerca de US$ 15 por barril abaixo dos óleos mais leves no mercado internacional. "A nossa estratégia não é ampliar a exportação do óleo bruto. É melhor para a empresa agregar valor, ao mesmo tempo em que aumenta a produção. Refinando, capturamos a diferença de preços entre o óleo leve e o óleo pesado", explicou.
Kardec lembrou que a Petrobras se posiciona como uma empresa integrada do setor de energia. "Antes, o nosso lema era do poço (de petróleo) ao posto (de abastecimento de gasolina e diesel). Hoje, podemos dizer que vamos do poço aos três pês, sendo um 'p' de posto (abastecimento), outro de poste (de energia elétrica) e um terceiro de petroquímicos".
O executivo também ressaltou que a Petrobras fez poucos investimentos na área de refino na década passada, mas que atualmente está executando o plano mais audacioso da empresa nesse segmento. Ao todo, serão investidos no período 2007/2011 cerca de US$ 23,1 bilhões em abastecimento e refino, sendo US$ 14,2 bilhões apenas nas atividades de refino. Esses investimentos incluem melhoria da qualidade dos produtos, além da conversão de algumas refinarias para a ampliação do uso do petróleo nacional no mix total.
Um dos projetos mais ambiciosos será a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo ele, será a primeira refinaria do mundo a utilizar 100% do petróleo pesado para a produção de derivados, processando cerca de 150 mil barris/dia. "Não conheço outra experiência no mundo", comentou. Ele observou que o custo de processamento será maior, mas terá a vantagem de utilizar uma matéria-prima mais barata. "Como 95% do custo de uma refinaria de grande porte é a matéria-prima, o resultado final será favorável", comentou.
Preço de combustíveis
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli disse hoje que o preço dos combustíveis no Brasil está em linha com o mercado internacional. Respondendo a uma pergunta em palestra para executivos do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), sobre a possibilidade de redução no preço da gasolina, o executivo disse que, "se compararmos os preços de refinaria, devemos estar no mesmo nível" dos valores praticados nos Estados Unidos. "Mas esse não é um critério relevante. Nossa política é a de minimizar a volatilidade de preços no mercado interno, mas não podemos descolar os preços do mercado internacional", afirmou.
Ele argumentou que há uma série de fatores intrínsecos ao mercado brasileiro, como o uso de álcool como alternativa à gasolina e o crescente mercado de gás natural veicular. "É uma realidade que não existe nos Estados Unidos", disse, referindo-se ao principal mercado usado como comparação para os preços dos combustíveis no País.
Segundo Gabrielli, a Petrobras não pode passar muito tempo com os preços nem muito acima, nem muito abaixo do mercado internacional. Na primeira hipótese, abriria espaço para importações; e, na segunda possibilidade, outras empresas comprariam os produtos da Petrobras para exportar. O último reajuste nos preços da gasolina e do diesel foi feito em setembro do ano passado.
Produção
A Petrobras colocará em produção quatro grandes plataformas de petróleo em 2007, afirmou Gabrielli. Os projetos têm potencial para agregar 480 mil barris por dia à produção nacional de petróleo. Segundo Gabrielli, a produção nacional deve apresentar um crescimento de 5,3% em 2007. A meta de empresa é fechar 2006 com uma produção média em torno de 1,8 milhão de barris por dia.
Gabrielli afirmou que a Petrobras terá participação ativa na 8ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), marcada para semana que vem. Segundo ele, a atual gestão provocou uma mudança na estratégia da companhia com relação aos leilões.
"Até 2003 e 2004, se olharmos o portfólio da companhia, havia um declínio no número de áreas exploratórias. A Petrobras não compra reservas como algumas companhias fazem; ela descobre novas reservas. Assim, com a redução do portfólio exploratório, a companhia estava destinada a definhar", afirmou o executivo.
Ele disse que a estratégia agora é "disputar intensamente os leilões para garantir a continuidade dos negócios". A empresa tem como meta chegar a 2015 com uma produção diária de 2,8 milhões de barris de petróleo no Brasil.
O executivo disse que não há nenhum negócio na área de abastecimento nos Estados Unidos em análise, mas comentou que a estatal vê a estratégia com simpatia. E ele defende que a entrada da empresa no setor de distribuição naquele país se faça através da aquisição de uma rede já existente, "seja de pequeno ou de grande porte". Ele observou que crescer "a partir do zero" é muito difícil e a opção de comprar uma unidade já operando pode ser a melhor estratégia. "Podemos instalar um posto em Houston, no Texas, apenas para colocar a marca Petrobras. Mas se surgirem boas opções, estamos atentos", complementou.
Kardec disse que, com isso, a estatal brasileira busca "agregar valor" ao seu próprio petróleo, cuja produção tem sido crescente. Como o óleo brasileiro, em sua maior parte, é do tipo "pesado", acaba sendo negociado cerca de US$ 15 por barril abaixo dos óleos mais leves no mercado internacional. "A nossa estratégia não é ampliar a exportação do óleo bruto. É melhor para a empresa agregar valor, ao mesmo tempo em que aumenta a produção. Refinando, capturamos a diferença de preços entre o óleo leve e o óleo pesado", explicou.
Kardec lembrou que a Petrobras se posiciona como uma empresa integrada do setor de energia. "Antes, o nosso lema era do poço (de petróleo) ao posto (de abastecimento de gasolina e diesel). Hoje, podemos dizer que vamos do poço aos três pês, sendo um 'p' de posto (abastecimento), outro de poste (de energia elétrica) e um terceiro de petroquímicos".
O executivo também ressaltou que a Petrobras fez poucos investimentos na área de refino na década passada, mas que atualmente está executando o plano mais audacioso da empresa nesse segmento. Ao todo, serão investidos no período 2007/2011 cerca de US$ 23,1 bilhões em abastecimento e refino, sendo US$ 14,2 bilhões apenas nas atividades de refino. Esses investimentos incluem melhoria da qualidade dos produtos, além da conversão de algumas refinarias para a ampliação do uso do petróleo nacional no mix total.
Um dos projetos mais ambiciosos será a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo ele, será a primeira refinaria do mundo a utilizar 100% do petróleo pesado para a produção de derivados, processando cerca de 150 mil barris/dia. "Não conheço outra experiência no mundo", comentou. Ele observou que o custo de processamento será maior, mas terá a vantagem de utilizar uma matéria-prima mais barata. "Como 95% do custo de uma refinaria de grande porte é a matéria-prima, o resultado final será favorável", comentou.
Preço de combustíveis
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli disse hoje que o preço dos combustíveis no Brasil está em linha com o mercado internacional. Respondendo a uma pergunta em palestra para executivos do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), sobre a possibilidade de redução no preço da gasolina, o executivo disse que, "se compararmos os preços de refinaria, devemos estar no mesmo nível" dos valores praticados nos Estados Unidos. "Mas esse não é um critério relevante. Nossa política é a de minimizar a volatilidade de preços no mercado interno, mas não podemos descolar os preços do mercado internacional", afirmou.
Ele argumentou que há uma série de fatores intrínsecos ao mercado brasileiro, como o uso de álcool como alternativa à gasolina e o crescente mercado de gás natural veicular. "É uma realidade que não existe nos Estados Unidos", disse, referindo-se ao principal mercado usado como comparação para os preços dos combustíveis no País.
Segundo Gabrielli, a Petrobras não pode passar muito tempo com os preços nem muito acima, nem muito abaixo do mercado internacional. Na primeira hipótese, abriria espaço para importações; e, na segunda possibilidade, outras empresas comprariam os produtos da Petrobras para exportar. O último reajuste nos preços da gasolina e do diesel foi feito em setembro do ano passado.
Produção
A Petrobras colocará em produção quatro grandes plataformas de petróleo em 2007, afirmou Gabrielli. Os projetos têm potencial para agregar 480 mil barris por dia à produção nacional de petróleo. Segundo Gabrielli, a produção nacional deve apresentar um crescimento de 5,3% em 2007. A meta de empresa é fechar 2006 com uma produção média em torno de 1,8 milhão de barris por dia.
Gabrielli afirmou que a Petrobras terá participação ativa na 8ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), marcada para semana que vem. Segundo ele, a atual gestão provocou uma mudança na estratégia da companhia com relação aos leilões.
"Até 2003 e 2004, se olharmos o portfólio da companhia, havia um declínio no número de áreas exploratórias. A Petrobras não compra reservas como algumas companhias fazem; ela descobre novas reservas. Assim, com a redução do portfólio exploratório, a companhia estava destinada a definhar", afirmou o executivo.
Ele disse que a estratégia agora é "disputar intensamente os leilões para garantir a continuidade dos negócios". A empresa tem como meta chegar a 2015 com uma produção diária de 2,8 milhões de barris de petróleo no Brasil.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/259384/visualizar/
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