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Professora diz que fatos velados ganham repercussão e autoridades acabam obrigadas a dar uma resposta à sociedade
Reivindicações ganham voz na Internet
Reivindicações sociais ganham voz e tomam caráter imediato graças à internet. A utilização das redes sociais tem feito com que episódios sejam massificados e as autoridades sejam obrigadas a responder ou tomar atitudes. Celulares, smarthphones, tablets e máquinas digitais tem se tornado as novas ferramentas de fiscalização do poder público.
Na última semana a ação violenta da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), contra o protesto de estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ganhou repercussão nacional após a divulgação de vídeos denunciando o ato nas redes sociais. Os vídeos postados já somam mais de 100 mil acessos em menos de uma semana. Por conta disso, três policiais envolvidos já foram afastados.
Karina Stein, de 18 anos, cursa o terceiro semestre de Comunicação Social na UFMT, ela filmou e postou um dos vídeos do caso. Ela afirma que sempre costuma gravar as manifestações para acervo pessoal e que não imaginaria que a situação tomaria tal rumo. “Filmamos para ter a prova de que os nossos amigos estavam sendo presos sem motivo. A manifestação era pacífica e ninguém havia feito nada.”
Um dia após o acontecido cerca de mil pessoas tomaram as ruas para desta vez, protestar contra a violência. Na ocasião centenas de estudantes empunhavam celulares ao invés de cartazes. “Não é de hoje que estudantes que protestam apanham da polícia, porém agora o que antes ficava velado ou alcançava um determinado público ganha proporções gigantescas”. Afirmou Silvia Ramos Bezerra, mestre em Estudos de Linguagem pela UFMT e doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP).
Segundo Bezerra, a web tem sido a válvula de escape para a conscientização da população. “O ciberativismo tem se tornado algo cada vez mais tangível. Ele sai das ruas, vai para a internet e volta para as ruas. Nos anos 90 a discussão ficou praticamente parada. Com a popularização da internet, ela tem vindo cada vez mais forte. Em um mundo em que a política está praticamente morta, as redes sociais se tornaram um dos únicos espaços de ação social.”
O site Buracos MT nasceu de uma página na rede social Facebook que alertava quais pontos mais sofriam com o problema em Cuiabá. Com as denúncias à prefeitura do município, passou a se ater mais sobre quais locais eram emergenciais. “Aconteceu de publicarmos uma foto um dia e em outro, recebermos agradecimentos das pessoas como se nós mesmos tivéssemos tapado o buraco”, afirmou Wagner Rosati, criador do site.
Segundo o professor de Teorias da Comunicação Rafael Marques, a internet vem justamente para trazer a nova fase da democratização. “A tendência de que seja um suporte democrático é cada vez maior, porém isso não pode ser feito de qualquer jeito. A ferramenta existe, mas como está sendo usada? Precisamos criar uma educação compatível com as plataformas que temos. A internet não vai salvar o mundo político, contudo agora podemos falar”.
Na última semana a ação violenta da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), contra o protesto de estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ganhou repercussão nacional após a divulgação de vídeos denunciando o ato nas redes sociais. Os vídeos postados já somam mais de 100 mil acessos em menos de uma semana. Por conta disso, três policiais envolvidos já foram afastados.
Karina Stein, de 18 anos, cursa o terceiro semestre de Comunicação Social na UFMT, ela filmou e postou um dos vídeos do caso. Ela afirma que sempre costuma gravar as manifestações para acervo pessoal e que não imaginaria que a situação tomaria tal rumo. “Filmamos para ter a prova de que os nossos amigos estavam sendo presos sem motivo. A manifestação era pacífica e ninguém havia feito nada.”
Um dia após o acontecido cerca de mil pessoas tomaram as ruas para desta vez, protestar contra a violência. Na ocasião centenas de estudantes empunhavam celulares ao invés de cartazes. “Não é de hoje que estudantes que protestam apanham da polícia, porém agora o que antes ficava velado ou alcançava um determinado público ganha proporções gigantescas”. Afirmou Silvia Ramos Bezerra, mestre em Estudos de Linguagem pela UFMT e doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP).
Segundo Bezerra, a web tem sido a válvula de escape para a conscientização da população. “O ciberativismo tem se tornado algo cada vez mais tangível. Ele sai das ruas, vai para a internet e volta para as ruas. Nos anos 90 a discussão ficou praticamente parada. Com a popularização da internet, ela tem vindo cada vez mais forte. Em um mundo em que a política está praticamente morta, as redes sociais se tornaram um dos únicos espaços de ação social.”
O site Buracos MT nasceu de uma página na rede social Facebook que alertava quais pontos mais sofriam com o problema em Cuiabá. Com as denúncias à prefeitura do município, passou a se ater mais sobre quais locais eram emergenciais. “Aconteceu de publicarmos uma foto um dia e em outro, recebermos agradecimentos das pessoas como se nós mesmos tivéssemos tapado o buraco”, afirmou Wagner Rosati, criador do site.
Segundo o professor de Teorias da Comunicação Rafael Marques, a internet vem justamente para trazer a nova fase da democratização. “A tendência de que seja um suporte democrático é cada vez maior, porém isso não pode ser feito de qualquer jeito. A ferramenta existe, mas como está sendo usada? Precisamos criar uma educação compatível com as plataformas que temos. A internet não vai salvar o mundo político, contudo agora podemos falar”.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/25942/visualizar/
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