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Policia MT
Terça - 12 de Março de 2013 às 07:53
Por: HELSON FRANÇA

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Geraldo Tavares/DC
Fotos do confronto foram divulgadas nas redes sociais e preocupam oficiais, que temem pela imagem da corporação
Fotos do confronto foram divulgadas nas redes sociais e preocupam oficiais, que temem pela imagem da corporação
O incidente em que estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso acabaram agredidos por policiais militares da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), durante uma manifestação ocorrida há seis dias, em Cuiabá, deve servir de lição para a corporação como um exemplo de ação a ser esquecida. 

Na avaliação do major Wanderson Nunes de Siqueira, presidente da Associação dos Policiais Militares do Estado de Mato Grosso, a abordagem dos PMs frente a determinadas situações, como manifestações populares, deve ser outra. 

“A atuação dos policiais deve ser diferente da que foi colocada em prática [com os estudantes]”, reconheceu. 

Na ocasião, os universitários protestavam contra a decisão da reitoria em desativar cinco residências alugadas pela instituição, que servem de moradia para 44 alunos. Os estudantes interditaram a avenida Fernando Corrêa da Costa no cruzamento com a entrada da Alziro Zarur (rua principal do bairro Boa Esperança). 

Para acabar com o protesto e liberar a via os soldados da Rotam, acionados pela reitoria, efetuaram disparos de balas de borracha contra os universitários, que também foram alvo de socos, chutes e outras agressões. Pelo menos 10 estudantes foram parar no hospital com ferimentos. Outros seis acabaram presos por desacato. Todos estão em liberdade. 

O major Wanderson também rebate as críticas de que os policiais militares são mal preparados e de que não sabem lidar com situações com elevado grau de pressão, ressaltando que o erro de uns não pode ser usado para generalizar toda uma categoria. 

“A PM deu o preparo necessário durante o curso para os policiais lidarem com situações muito piores do que uma manifestação. Acontece que, alguns podem não ter absorvido [os ensinamentos] da mesma forma que os outros”, observou. 

Para Wanderson, o episódio da última quarta-feira (6) foi resultado de uma sucessão de erros, das duas partes. 

“Foi tudo errado. Os estudantes não deveriam ter bloqueado a avenida, ferindo o direito de ir e vir de milhares de pessoas, que nada tinham a ver com as suas reivindicações. A via precisava ser liberada, tudo tem um limite. Alguns policiais, por sua vez, não souberam lidar com a pressão do momento. Não era o caso também de ter usado armas não letais”. 

A Associação divulgou uma nota de repúdio contras as pessoas que têm “ofendido e denegrido o nome e a imagem da instituição Policia Militar de Mato Grosso”, em razão do incidente. 

Até o momento, três policiais que participaram da ação foram afastados de suas funções e respondem a um procedimento administrativo na PM. 

NEGOCIAÇÃO - Ocupando a reitoria da UFMT desde a última quinta-feira (7), os estudantes devem decidir, nesta terça-feira (12), se atendem a solicitação da comissão composta por cinco representantes da Administração Superior da instituição, de liberar o bloco para a comunidade universitária e sociedade - mesmo que os alunos ali permaneçam durante as negociações. Os estudantes devem dar uma resposta até às 17 horas. 

A reitoria pretende transferir, até o fim deste mês, os 44 acadêmicos que residem nas cinco casas alugadas pela instituição para o alojamento inaugurado em janeiro, que fica dentro no campus da UFMT de Cuiabá. 

Os universitários, por sua vez, afirmam que são contra a redução de vagas de moradia estudantil e dizem estar dispostos a resistir ao despejo até o fim. 

As Casas do Estudante são espaços disponibilizados pela instituição para servir de moradia para acadêmicos de baixa renda, que vem de outras cidades para estudar na UFMT. Atualmente, 150 universitários residem nos locais.




Fonte: Do DC

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