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Nacional
Terça - 21 de Novembro de 2006 às 10:07

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São Paulo - A Petrobras rebateu ontem de maneira veemente novas acusações de favorecimento político-partidário na concessão de verbas para projetos sociais e a suposta contratação irregular da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) para a formação de 70 mil profissionais. Em extensa nota, de mais de 100 linhas, a estatal rechaçou as denúncias, veiculadas pelo jornal O Globo.

"São absolutamente falsas as acusações e ilações feitas pelo jornal", diz a nota, lembrando que a estatal tem previsão de investimentos de US$ 87 bilhões em projetos de desenvolvimento econômico, social e ambiental no Brasil para os próximos cinco anos.

O primeiro ponto retrucado pela Petrobras foi a contratação da Abemi, sem licitação, por US$ 228,7 milhões. A estatal esclareceu que não houve contrato, mas a formação de um convênio, para o qual não é exigido processo licitatório. Além disso, lembrou que a Abemi não tem ingerência sobre os recursos repassados pelo Plano Nacional de Qualificação Profissional e que nenhuma de suas associadas recebe essas verbas.

Na reportagem, o jornal dá a entender um possível favorecimento da entidade, que congrega as principais empreiteiras do País, responsáveis por doações de campanha no valor de R$ 16,7 milhões, incluindo o PT. "Os recursos são previamente programados e repassados para as instituições de ensino que capacitam a mão-de-obra para o setor de petróleo."

Sobre projetos sociais, a empresa esclareceu que patrocinou desde 2003, quando lançou o Programa Petrobras Fome Zero, 1.751 ações, que contam com a parceria de 15 mil entidades, entre instituições públicas e organizações da sociedade civil.

Na nota, a estatal destaca que a seleção é feita com base em critérios técnicos, não político-partidários. A Petrobras ainda repudia o fato de que, no universo de 1.751 projetos patrocinados, o jornal tenha citado 25 para levantar suspeitas de favorecimento de entidades vinculadas a partidos da base aliada.

Prefeituras

Em outubro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou duas reportagens mostrando como a Petrobras contemplou prefeituras com doações, por meio do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), sem licitação ou necessidade de aval legislativo.

De 2003 a 2005, a estatal doou R$ 96,2 milhões. A direção da empresa determinou as cidades para as quais o benefício foi repassado e quanto coube a cada uma. A Bahia, que elegeu o petista Jaques Wagner governador, foi o terceiro maior destino dessa verba em 2005, com R$ 3,5 milhões. (Kelly Lima e Irany Tereza)





Fonte: Agência de Notícias

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