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FHC repreende Virgílio por revelar suposto convite de Lula
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso repreendeu ontem (20) o senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, por ter revelado à imprensa um presumido futuro convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao seu antecessor para uma conversa no Palácio do Planalto. A informação, publicada domingo com exclusividade pelo O Estado de S.Paulo, irritou FHC. Ontem, o tucano comentou em São Paulo com amigos que Lula está perplexo, “sem agenda” e “sem capacidade de articulação” para montar o seu futuro governo.
A proposta feita por Lula a Virgílio causou muitas reações na base oposicionista. O governador reeleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse em Belo Horizonte que não se negará a conversar com Lula sobre o crescimento do País, mas deixou claro que o gesto “não se trata de conciliação”. O governador eleito José Serra (SP) afirmou que, se for convidado, irá, mas a agenda da conversa deve ser proposta por Lula. A governadora também eleita Yeda Crusius (RS) disse que aceita discutir a reforma tributária “desde que o governo federal mostre antes qual é a contribuição que vai dar”.
Bobagem - “Isso (o convite) é uma bobagem”, disse FHC a amigos hoje, ao justificar a repreensão feita a Virgílio por telefone. FHC julgou uma impropriedade que o eventual convite tenha sido divulgado antes que o convidado fosse informado e que o anfitrião divulgasse a agenda do encontro. O ex-presidente relatou a amigos que, apesar da vitória retumbante em outubro, Lula tem mostrado sinais de desorientação porque, aparentemente, não está sabendo elaborar uma agenda de alto nível para seu segundo governo nem mostrar consistência na articulação política.
Ele comentou que o petista falha ao organizar a sua base política e não consegue sequer harmonizar a sua base original. FHC julgou que a proposta de Lula para conversas no palácio tem a aparência de um factóide, cortina de fumaça para encobrir a sua incapacidade de construir uma agenda e de montar uma sólida base política de apoio. Ele disse a amigos que não tem nada a conversar com o atual presidente antes de receber um convite formal e ver anunciada a pauta da conversa.
Apesar da irritação, o tucano admitiu que, se for efetivamente convidado na qualidade de ex-presidente da República, não cometerá a descortesia de recusar o convite. Mas só o aceitará se o atual presidente fizer um chamado objetivo, comunicado diretamente a ele, e divulgar previamente uma agenda para pontuar as conversas. Quanto à hipótese de participar de um conselho de ex-presidentes, FHC disse que de forma alguma ficaria “no mesmo saco” de Fernando Collor.
Reações - Ontem, em Brasília, Virgílio foi alvo de muitas críticas, apesar de ter afirmado que rejeita a idéia de um governo de coalizão. “Não há necessidade de quem perdeu a eleição se jogar nos braços do governo”, observou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O senador José Agripino (RN), líder do PFL no Senado, afirmou que, se estivesse no grupo, não aceitaria a carona de Lula.
Ante as muitas manifestações contrárias a ele, Virgílio anunciou ontem que, em breve, o PSDB deve realizar, em São Paulo, uma reunião para discutir uma estratégia pós-eleição.
A proposta feita por Lula a Virgílio causou muitas reações na base oposicionista. O governador reeleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse em Belo Horizonte que não se negará a conversar com Lula sobre o crescimento do País, mas deixou claro que o gesto “não se trata de conciliação”. O governador eleito José Serra (SP) afirmou que, se for convidado, irá, mas a agenda da conversa deve ser proposta por Lula. A governadora também eleita Yeda Crusius (RS) disse que aceita discutir a reforma tributária “desde que o governo federal mostre antes qual é a contribuição que vai dar”.
Bobagem - “Isso (o convite) é uma bobagem”, disse FHC a amigos hoje, ao justificar a repreensão feita a Virgílio por telefone. FHC julgou uma impropriedade que o eventual convite tenha sido divulgado antes que o convidado fosse informado e que o anfitrião divulgasse a agenda do encontro. O ex-presidente relatou a amigos que, apesar da vitória retumbante em outubro, Lula tem mostrado sinais de desorientação porque, aparentemente, não está sabendo elaborar uma agenda de alto nível para seu segundo governo nem mostrar consistência na articulação política.
Ele comentou que o petista falha ao organizar a sua base política e não consegue sequer harmonizar a sua base original. FHC julgou que a proposta de Lula para conversas no palácio tem a aparência de um factóide, cortina de fumaça para encobrir a sua incapacidade de construir uma agenda e de montar uma sólida base política de apoio. Ele disse a amigos que não tem nada a conversar com o atual presidente antes de receber um convite formal e ver anunciada a pauta da conversa.
Apesar da irritação, o tucano admitiu que, se for efetivamente convidado na qualidade de ex-presidente da República, não cometerá a descortesia de recusar o convite. Mas só o aceitará se o atual presidente fizer um chamado objetivo, comunicado diretamente a ele, e divulgar previamente uma agenda para pontuar as conversas. Quanto à hipótese de participar de um conselho de ex-presidentes, FHC disse que de forma alguma ficaria “no mesmo saco” de Fernando Collor.
Reações - Ontem, em Brasília, Virgílio foi alvo de muitas críticas, apesar de ter afirmado que rejeita a idéia de um governo de coalizão. “Não há necessidade de quem perdeu a eleição se jogar nos braços do governo”, observou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O senador José Agripino (RN), líder do PFL no Senado, afirmou que, se estivesse no grupo, não aceitaria a carona de Lula.
Ante as muitas manifestações contrárias a ele, Virgílio anunciou ontem que, em breve, o PSDB deve realizar, em São Paulo, uma reunião para discutir uma estratégia pós-eleição.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/259566/visualizar/
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