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Segunda - 20 de Novembro de 2006 às 15:17

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Em Mato Grosso, o aumento do álcool na gasolina deve refletir no preço final do combustível, que deve custar mais barato nas bombas. "A expectativa é de que os postos repassem isso para os consumidores", disse o economista Vivaldo Lopes ao RMT Online, que faz pesquisas na área de comércio de combustíveis.

Ele explicou ainda que o fato do álcool ser produzido no próprio Estado, eliminando o custo do frete, e os grandes estoques de álcool das usinas, aumenta ainda mais as possibilidades de queda no preço da gasolina.

Mas para que a gasolina mais barata chega ao consumidor, os postos terão que baixar o preço. O Economista Vivaldo Lopes alertou que se ninguém diminuir o preço e manter os valores atuais, pode correr o risco de cartelização, prática considerada ilegal.

A expectativa é de que quando o primeiro posto diminuir o preço da gasolina em Cuiabá, outros também acompanhem essa tendência, uma prática comum na livre concorrência de mercado.

Mas os estoques de álcool devem baixar no período da entre-safra, entre os meses de janeiro e abril de 2007. O RMT Online perguntou ao economista Vivaldo Lopes se o consumidor Mato-grossense não enfrentará o mesmo problema do ano passado: estoques baixos, falta de álcool no mercado e nova pressão para aumento dos preços dos combustíveis.

Ele explicou que não há esse risco. "O Governo enfrentou este problema e agora ficou mais esperto. A mistura do álcool na gasolina era de 25%. Com a falta de álcool no mercado e a pressão dos usineiros, o percentual de mistura caiu para 20%. Agora que os estoques estão altos e a oferta de álcool é grande no mercado, o Governo voltou a aumentar a mistura, mas de forma cautelosa. Em vez de pular de 20% para os mesmos 25% do ano passado, o Governo aumentou primeiro para 23%. Agora, diante de uma análise nos próximos meses, ele poderá voltar aos 25%, manter os 23% ou até diminuir novamente. Tudo vai depender do mercado do álcool. O Governo não quer ser surpreendido como no ano passado", explicou Vivaldo.

De acordo com cálculos apresentados pelo Departamento do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, os proprietários de carros movidos a gasolina poderão pagar até 1,5% menos pelo combustível já a partir de hoje.

Dois fatores justificam a estimativa que queda no preço da gasolina: o álcool anidro é mais barato e não há incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e nem da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) sobre o combustível. E em Mato Grosso, as usinas produtoras de álcool ficam no próprio Estado, barateando o frete.

A Assessoria de Imprensa do Sindicato das Distribuidoras e Postos de Combustível (Sindipetróleo) de Mato Grosso, informou que a queda no preço da gasolina vai depender do repasse do índice por parte das distribuidoras. Se elas não baixarem os preços em 1,5% para os postos, não há como repassar esse desconto para o consumidor.

Na grande Cuiabá, o preço do litro da gasolina custa em média R$ 2,93.





Fonte: Da Redação

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