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Para empresas, banda larga é vital como água, diz Unctad
O acesso à internet de banda larga tornou-se para uma empresa um recurso tão vital quanto serviços como água e luz, afirma um relatório da Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento) divulgado nesta quinta-feira.
"A banda larga dá os benefícios integrais da internet", afirma um dos autores do relatório, Angel Gonzalez Sanz, em entrevista à BBC Brasil. "Com banda larga, você interage com o cliente de uma forma mais eficiente e mais rápida", exemplificou.
Segundo a Unctad, a conclusão é preocupante para países em desenvolvimento, onde a banda larga é em geral cara e representa uma minoria dos acessos em comparação com a internet discada.
De acordo com o relatório, a diferença no acesso à banda larga revela uma nova dimensão da chamada divisão digital existente entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento.
"Em países ricos, os assinantes de banda larga aumentaram em quase 15% no segundo semestre de 2005, alcançando 158 milhões de pessoas", diz o relatório, que destaca o aumento no número de empresas com acesso à internet rápida.
A Unctad se baseia em dados de 2005, ano em que 63% das empresas da União Européia tinham internet de banda larga, enquanto que 80 de um grupo de 151 países em desenvolvimento nem tinham estatísticas sobre o assunto.
Para a organização, a competição entre os provedores do serviço (e a queda dos preços decorrente dessa competição) e a existência de uma infra-estrutura adequada constituem os dois principais fatores que explicam a disseminação da banda larga nos países desenvolvidos.
Impacto econômico
Segundo a Unctad, o menor acesso à banda larga faz com que os países em desenvolvimento saiam perdendo, por exemplo, em comércio - que, nos países desenvolvidos, vem sendo feito cada vez mais via internet.
"Para se tornarem mais competitivos na economia mundial e estimularem o crescimento econômico, os países em desenvolvimento claramente precisam ter melhor acesso à banda larga", afirma a entidade, que estima que o acesso ao tipo mais rápido de conexão à rede possa gerar bilhões de dólares à economia de um país anualmente.
O relatório também associa o uso das tecnologias de informação, cujo benefício máximo seria obtido com o uso da banda larga, ao aumento de produtividade.
"Há um número cada vez maior de sinais em países desenvolvidos e em desenvolvimento de que a adoção de tecnologias de informação e comunicação (ICT, na sigla em inglês) por empresas ajuda a acelerar o crescimento da produtividade, que é essencial para sustentar a geração de renda e emprego", afirma a Unctad.
ICT é o nome dado a tecnologias usadas no processamento de informações, ou seja, para armazenar, converter e transmitir dados via computador.
Segundo a entidade, essas tecnologias são ainda mais úteis em países em desenvolvimento, que poderiam ajudá-los a melhorar a sua competitividade no mundo.
Para Angel Sanz, o Brasil está bem colocado em relação a outros países da América Latina, destacando-se no uso de serviços bancários on line, nos sites governamentais (e serviços oferecidos por eles) e em setores específicos como o automotivo - embora, neste caso, as transações se dêem mais entre fornecedores do que em vendas ao consumidor final.
Mas, ainda na avaliação do especialista da Unctad, o país sai perdendo, por exemplo, para a Índia, que se destaca na indústria de tecnologia da informação.
Sanz ressalta, entretanto, que o fato de o país ter o inglês como língua oficial lhe dá uma vantagem "muito importante" em relação ao Brasil.
"A banda larga dá os benefícios integrais da internet", afirma um dos autores do relatório, Angel Gonzalez Sanz, em entrevista à BBC Brasil. "Com banda larga, você interage com o cliente de uma forma mais eficiente e mais rápida", exemplificou.
Segundo a Unctad, a conclusão é preocupante para países em desenvolvimento, onde a banda larga é em geral cara e representa uma minoria dos acessos em comparação com a internet discada.
De acordo com o relatório, a diferença no acesso à banda larga revela uma nova dimensão da chamada divisão digital existente entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento.
"Em países ricos, os assinantes de banda larga aumentaram em quase 15% no segundo semestre de 2005, alcançando 158 milhões de pessoas", diz o relatório, que destaca o aumento no número de empresas com acesso à internet rápida.
A Unctad se baseia em dados de 2005, ano em que 63% das empresas da União Européia tinham internet de banda larga, enquanto que 80 de um grupo de 151 países em desenvolvimento nem tinham estatísticas sobre o assunto.
Para a organização, a competição entre os provedores do serviço (e a queda dos preços decorrente dessa competição) e a existência de uma infra-estrutura adequada constituem os dois principais fatores que explicam a disseminação da banda larga nos países desenvolvidos.
Impacto econômico
Segundo a Unctad, o menor acesso à banda larga faz com que os países em desenvolvimento saiam perdendo, por exemplo, em comércio - que, nos países desenvolvidos, vem sendo feito cada vez mais via internet.
"Para se tornarem mais competitivos na economia mundial e estimularem o crescimento econômico, os países em desenvolvimento claramente precisam ter melhor acesso à banda larga", afirma a entidade, que estima que o acesso ao tipo mais rápido de conexão à rede possa gerar bilhões de dólares à economia de um país anualmente.
O relatório também associa o uso das tecnologias de informação, cujo benefício máximo seria obtido com o uso da banda larga, ao aumento de produtividade.
"Há um número cada vez maior de sinais em países desenvolvidos e em desenvolvimento de que a adoção de tecnologias de informação e comunicação (ICT, na sigla em inglês) por empresas ajuda a acelerar o crescimento da produtividade, que é essencial para sustentar a geração de renda e emprego", afirma a Unctad.
ICT é o nome dado a tecnologias usadas no processamento de informações, ou seja, para armazenar, converter e transmitir dados via computador.
Segundo a entidade, essas tecnologias são ainda mais úteis em países em desenvolvimento, que poderiam ajudá-los a melhorar a sua competitividade no mundo.
Para Angel Sanz, o Brasil está bem colocado em relação a outros países da América Latina, destacando-se no uso de serviços bancários on line, nos sites governamentais (e serviços oferecidos por eles) e em setores específicos como o automotivo - embora, neste caso, as transações se dêem mais entre fornecedores do que em vendas ao consumidor final.
Mas, ainda na avaliação do especialista da Unctad, o país sai perdendo, por exemplo, para a Índia, que se destaca na indústria de tecnologia da informação.
Sanz ressalta, entretanto, que o fato de o país ter o inglês como língua oficial lhe dá uma vantagem "muito importante" em relação ao Brasil.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/259759/visualizar/
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