Esquenta debate no Congresso americano sobre tropas no Iraque
Em meio a crescente violência e sem uma estratégia de saída do atoleiro iraquiano, os líderes americanos prosseguiam com o debate sobre como concluir a intervenção dos Estados Unidos no Iraque.
O senador republicano John McCain, um severo crítico da estratégia americana no Iraque, disse que os Estados Unidos estão perdendo e defendeu o envio de mais tropas, afirmando que manter o atual nível de contingente é imoral.
"Se ainda podemos ganhar? Sim, acredito que podemos", disse à rede de televisão ABC.
McCain afirmou que o envio de mais tropas americanas vai ajudar as forças iraquianas a controlar a situação, principalmente nos bastiões rebeldes, e "minimizará o impulso dos esquadrões da morte". "
O senador republicano Lindsey Grahama concordou com McCain: "É obvio que não temos tropas suficientes no momento no Iraque para dar a segurança necessária para criar uma democracia das cinzas da ditadura. Acredito que precisamos de uma presença firme no Iraque a curto prazo".
Já o presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado, o democrata Carl Levin, renovou seu pedido para que a saída das tropas americanas do Iraque comece nos próximos meses.
"Devemos dizer aos iraquianos que começaremos, de quatro a seis meses, uma redução gradual de nossas tropas. Se não fizermos isto, eles terão a falsa impressão de que estamos trilhando uma espécie de caminho sem fim".
Levin disse que o plano é "dar aos iraquianos uma oportunidade, nos próximos meses, de obter sua estabilidade política".
O senador democrata Joe Biden, que assumirá a presidência da comissão das Relações Exteriores, disse ao jornal The Washington Post que o Iraque precisa de um sistema federal, com "distribuição equitativa da renda do petróleo", trabalho para dar outra opção aos recrutas das milícias e "apoio dos vizinhos para a estabilização política".
"Fazer todas estas coisas permitirá a retirada da maior parte de nossas tropas até o final de 2007, com a permanência de apenas um pequeno contingente para combater as concentrações terroristas".
Biden estimou que os Estados Unidos devem pressionar os líderes iraquianos a assumir compromissos políticos e "deixar claro que a presença de nossas tropas no atual nível não é um caminho sem fim".
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