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Economia
Domingo - 19 de Novembro de 2006 às 12:25

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O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, criticou os governos que adotaram recentemente políticas nocivas aos investimentos de empresas estrangeiras do setor de petróleo e gás. Embora ele não tenha especificado os países a que se referia, fontes do Fundo afirmaram que a Bolívia é um dos casos mais óbvios.

'Um aumento no foco da segurança energética levou alguns países a ficar desconfiados com as companhias estrangeiras', disse Rato, em palestra na reunião dos ministros das finanças e governadores de bancos centrais do G-20. 'Mas mudar as regras do jogo com muita freqüência pode acarretar custos no longo prazo.'

Segundo Rato, 'governos de países produtores que têm procurado ganhos de curto prazo pegando uma fatia maior dos faturamentos com o petróleo e gás deveriam levar isso em conta'. A atitude desses países prejudica a 'manutenção de um ambiente de negócios que estimule a competitividade e o investimento'.

O chefe do Fundo disse que nos últimos anos o mundo tem convivido com preços elevados do petróleo sem sofrer sérios problemas macroeconômicos. Segundo ele, há várias explicações para isso. 'Ao contrário da alta nos anos 70, o atual fenômeno foi iniciado por pressões na demanda, num cenário de forte atividade global', disse. 'Além disso, estruturas de política monetária mais críveis reduziram o impacto sobre a inflação'.

Rato ressaltou que vários países elevaram os investimentos na produção de gás e petróleo nos últimos anos. 'Mas temos visto algumas respostas aos preços altos que são mais questionáveis', disse. 'Alguns países produtores permitem grandes elevações em seus déficits não relacionados ao petróleo, uma situação que não deverá ser sustentável no longo prazo.' Segundo Rato, os governos deveriam remover barreiras para investimentos tanto na extração como na capacidade de refino para garantir a oferta futura de petróleo. 'Isso deverá ajudar a atender às pressões de demanda que serão sentidas nos próximos anos', disse.





Fonte: AE

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