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Esportes
Domingo - 19 de Novembro de 2006 às 11:00

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O palco e o adversário são os mesmos. A expectativa também. Para o torcedor do São Paulo, a partida deste domingo contra o Atlético-PR, no Morumbi, terá o mesmo sabor do duelo contra o Furacão do dia 14 de julho de 2005. Naquela noite de quinta-feira, o Tricolor venceu o rival por 4 x 0 e conquistou seu terceiro título da Libertadores, encerrando um jejum de 12 anos. Duas pequenas diferenças: desta vez, a briga é pelo tetra do Brasileirão, e o jejum já dura 15 anos.

Com 73 pontos, o São Paulo é o líder isolado do Brasileiro há 23 rodadas, desde que venceu o Figueirense por 2 x 1, no dia 15 de julho. Para finalmente soltar o grito, basta vencer o Furacão. Ou então obter o mesmo resultado que o Inter, que joga no mesmo horário contra o Paraná, em Curitiba.

“É a semana mais importante de nossas vidas. Trabalhamos o ano inteiro para poder desfrutar um momento como este”, admite o zagueiro Miranda, exprimindo a ansiedade de todo o elenco. “Jogador só fica marcado no clube por suas conquistas. E este elenco está perto de entrar para a história do clube”, completa o defensor, que não participou daquele outro confronto histórico contra os atleticanos.

O atacante Aloísio estava em campo naquela ocasião, mas do outro lado do campo. E a derrota não é a única lembrança ruim que guarda do Atlético-PR, com quem travou uma desgastante briga na Justiça. Até por isso a fome de vitória é maior. “Ganhar do Atlético tem sempre um gosto especial, por tudo que passei na minha saída do clube. Mas o importante mesmo é ser campeão, independente do adversário. Está cada vez mais difícil dormir. Sonho todas as noites com a partida”, confessa.

Do lado rubro-negro, é impossível esconder certa dose de mágoa com a perda do título continental. O elenco mudou bastante, mas a possibilidade de tirar uma casquinha do carrasco tricolor serve como incentivo. “É uma grande equipe, que tem feito uma ótima campanha e é muito difícil de ser batida. Mas vamos tentar fazer nosso papel. Sempre entramos em campo pensando em vencer, e não vai ser diferente diante do São Paulo”, disse o experiente Paulo Rink.

Mas a maior motivação da equipe paranaense é mesmo tentar uma vaguinha na Copa Sul-Americana. Para isso, precisa ao menos se manter em 13º lugar, posição que ocupa atualmente com 46 pontos. Outra forma de garantir a vaga é conquistar o título da atual edição, que tem o Atlético-PR nas semifinais. O problema é que o jogo de ida foi 1 x 0 para o Pachuca, na Kyocera Arena, e vai decidir a vaga no México, semana que vem.

Com a cabeça no jogo de volta contra os mexicanos, o técnico Oswaldo Alvarez mudou a tática. Ao invés de poupar os titulares para que entrem em campo descansados, ele vai colocá-los em campo neste domingo para que mantenham o ritmo. A idéia é recuperar o futebol das partidas contra o Fortaleza, River Plate, Paraná, Vasco e Nacional-URU, melhor momento do time nesta temporada.

O zagueiro João Leonardo, machucado, é o desfalque. O substituto ainda é dúvida: Gustavo treinou bem e tem chances de entrar jogando. César, assim, deixaria o time. Outra dúvida está na lateral-direita: Evanílson, que não está inscrito na Sul-Americana, pode ser escalado para que Jancarlos seja poupado. No mais, a equipe é a mesma que vem atuando e atravessa uma fase de instabilidade. Já são quatro partidas sem vitória, entre Brasileirão e Sul-Americana.

Do lado são-paulino, o goleiro Rogério Ceni treinou normalmente nesta sexta e deve mesmo jogar. Ele volta ao time após se recuperar de uma contratura muscular na coxa direita, o que o deixou fora dos jogos contra Botafogo e Goiás. A única ausência certa é o zagueiro André Dias, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Sem ele, Danilo deve retornar ao time para recompor o sistema 4-4-2. Mas Muricy não descarta usar o 3-5-2, com Alex Silva na zaga. O mistério deve permanecer até domingo.





Fonte: Globoesporte.com

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