EUA condicionam ajuda para a Bolivia à democracia e à imprensa
Durante uma visita na sexta-feira (17) à cidade de Santa Cruz, no leste da Bolívia, o diplomata disse que para ter direito à ajuda de cerca de US$ 600 milhões, o governo do presidente Evo Morales deve apresentar "algumas conquistas na democracia e na liberdade de imprensa".
Na última quinta-feira (16), após rejeitar que Washington critique sua aliança com os presidentes de Cuba e da Venezuela -Fidel Castro e Hugo Chávez, respectivamente-, assim como sua política cocalera, Morales destacou que os Estados Unidos declararam a Bolívia um "país elegível" para obter novamente em 2007 os recursos da "Conta do Milênio".
Segundo uma carta enviada ao governante pelo diretor do programa, John Danilovich, a escolha reconhece os "esforços constantes" da Bolívia para fortalecer a governabilidade, melhorar a saúde e educação e adotar políticas "que estimulam iniciativas empresariais e promovem o crescimento econômico".
Morales anunciou que parte desses fundos servirá para a construção de uma estrada no norte do país, para concretizar o projeto boliviano dos "corredores bi-oceânicos", vias que atravessam a América do Sul do Pacífico para o Atlântico.
No entanto, Goldberg esclareceu nesta sexta-feira em Santa Cruz, segundo o "La Razón", que o anúncio de Danilovich "não quer dizer" que os Estados Unidos "darão o dinheiro imediatamente".
Segundo o embaixador, primeiro é preciso conversar "sobre os usos do dinheiro", depois o governo boliviano deve apresentar "um plano técnico" e, além disso, deve mostrar conquistas no que diz respeito à democracia e à liberdade de imprensa.
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