Número de mulheres eleitas cresce em relação a 2002
O número de governadoras aumentou de dois para três. Vilma de Faria (PSB) foi reeleita no Rio Grande do Norte. Ana Júlia Carepa (PT) e Yeda Crusius (PSDB) ganharam no Pará e Rio Grande do Sul, respectivamente, enquanto Rosinha Matheus vai deixar o comando do Rio de Janeiro.
Na Câmara, 46 das 513 cadeiras serão ocupadas por deputadas, quatro a mais do que no início da atual legislatura. Para o Senado, que renovou um terço dos integrantes (27), foram eleitas quatro mulheres. O percentual se manteve, já que em 2002 foram trocados dois terços (54) e eleitas oito mulheres.
O Amapá foi a unidade federativa que, proporcionalmente, mais elegeu deputadas mulheres: quatro, metade das vagas a que o estado tinha direito. Em números absolutos, o Rio de Janeiro elegeu mais: seis. Distrito Federal, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Sergipe e Paraná escolherem apenas homens.
A socióloga e pesquisadora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea) Almira Rodrigues considera pequeno o crescimento do número de mulheres eleitas. "Existe uma dificuldade de mudança da cena política brasileira, em que os homens são predominantes", diz ela.
As mulheres são maioria (51%) entre os eleitores, mas menos de 10% das candidatas a presidente, governadora, senadora e deputada federal conseguiu se eleger, segundo levantamento do centro.
A participação de candidatas do sexo feminino aumentou em relação a 2002, embora tenha ficado aquém da cota exigida por lei para cada partido, de 30%. Leia mais ao lado, e confira também um infográfico com os nomes de todas as eleitas.
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