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Nacional
Sábado - 18 de Novembro de 2006 às 10:32

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O ministro da Defesa, Waldir Pires, já admitiu que a chegada dos feriados no final do ano deve vir acompanhada de novos atrasos nos aeroportos. Com receio do caos que poderá se instalar, o governo anunciou, de acordo com a Agência Brasil, a contratação emergencial de 60 controladores recentemente aposentados para reforçar as equipes nos principais aeroportos. Seis deles já começaram o treinamento nesta sexta-feira, de acordo com a Aeronáutica. Outros 11 devem ser chamados nos próximos dias. Esses profissionais trabalharão até dezembro de 2007.

O tempo de treinamento destes profissionais, de acordo com a Aeronáutica, é individualizado e pode variar em função da experiência e do tempo de afastamento, entre outros fatores. A Aeronáutica também remanejou 18 controladores de outros centros para Brasília até a situação se normalizar. Outras medidas são a ampliação dos cursos de formação de controladores nas escolas de Guaratinguetá e São José dos Campos e, em breve, a realização de concurso público para a contratação definitiva de 64 controladores.

O ministro, contudo, não esclareceu se estas medidas, que resultaram da primeira reunião do grupo de trabalho interministerial encarregado de propor soluções para os problemas no controle do espaço aéreo brasileiro, seriam suficientes para evitar os atrasos previstos nos aeroportos no final do ano. Disse apenas que espera que a população não seja prejudicada. "Estamos esperando que haja o máximo de esforço e solidariedade à população do conjunto dos controladores civis e militares.”

Desmilitarização do setor é analisada A próxima reunião do grupo está marcada para quarta-feira, dia 22, às 10 horas. Segundo o ministro, os encontros serão semanais. “Se for necessário, abriremos grupos de trabalho por especificidades de setor”. É possível que nesta reunião se discuta a criação de um controle civil para os vôos, o que provocaria a desmilitarização do setor. “Vamos estudar e propor mudanças. Isso significa dizer que podemos vir a ter instituições civis no controle da aviação comercial”, afirmou o ministro.

Pires admitiu essa possibilidade - sem usar a palavra "desmilitarização" -, mas ressalvou que o controle e a proteção do espaço aérea continuariam a ser feitos pelos militares. “Eu entendo que pode ser civil. O mundo entende isso. E a Aeronáutica não me pôs objeção nenhuma - está sentada à mesa com o grupo de estudos. O comando militar seria unicamente para a soberania do espaço aéreo brasileiro”, disse.

A desmilitarização é uma das principais reivindicações dos controladores de vôo, além de mais profissionais e do reajuste salarial. Essa negociação sobre os salários, no entanto, esbarra no fato de que o aumento concedido aos controladores teria de ser estendido a toda corporação.

O grupo de trabalho que reúne-se na próxima semana é formado por representantes dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, da Advocacia-Geral da União, do Comando da Aeronáutica, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e dos sindicatos nacionais dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, dos Aeronautas e das Empresas Aeroviárias.





Fonte: Agência Estado

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