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Nacional
Quinta - 16 de Novembro de 2006 às 21:12

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O deputado federal eleito pelo PSDB de São Paulo, José Aníbal, contestou hoje a afirmação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo federal não deverá abrir mão de parte de sua arrecadação tributária em benefício de Estados e municípios, como vem propondo grande parte dos governadores eleitos e reeleitos neste ano. "Essa declaração, feita totalmente na defensiva, mostra que o governo federal está na iminência de uma crise fiscal séria", destacou.

Na avaliação do parlamentar, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva gastou muito, fez muitas concessões e acabou incorporando muitos desses gastos no orçamento federal. "Agora falam (o ministro Mantega) que é difícil abrir mão de tributos em favor dos Estados", emendou. O parlamentar salientou que seu partido continuará cobrando uma posição clara do governo federal a respeito de temas de interesse do País, tais como o pacto federativo e a reforma tributária. "Se não tiver unificação do ICMS, não iremos acabar com a guerra fiscal", exemplificou.

Desenvolvimentismo

Aníbal salientou que os tucanos continuarão brigando por uma agenda mais desenvolvimentista. Na terça-feira, o governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves, divulgou os pontos principais da chamada agenda de repactuação da federação que a legenda defende e que se baseia justamente na redistribuição do bolo tributário do País, pois 80% do total de tributos arrecadados se concentram nas mãos da União. "Nossa agenda continuará em pauta. Ainda mais quando se percebe que o governo federal está sem agenda. Nosso papel é o de fiscalização e o de cobrança," reiterou o tucano.

Apesar da defesa das bandeiras que os tucanos estão levantando, José Aníbal prevê um embate entre governo federal e oposição, sobretudo na matéria tributária. "A pressão vai ser feroz, mas é inevitável discutirmos essas questões." O tucano destacou ainda que as declarações do ministro Mantega sinalizaram também que o governo federal deverá continuar com o freio de mão puxado e que a gestão fiscal, fazendária e tributária é conservadora. "Precisamos provocar o governo federal para ver se ele faz algo diferente do que (Lula) fez no primeiro mandato e o País possa retomar o seu crescimento."





Fonte: AE

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