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Internacional
Quinta - 16 de Novembro de 2006 às 20:35

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, chamou de "intromissão" em assuntos internos uma afirmação do subsecretário de Estado dos EUA, Nicholas Burns, segundo a qual o governo boliviano deveria se afastar da Venezuela e de Cuba e buscar uma maior aproximação com os "países democráticos" da América Latina. "Se algum funcionário americano opina, trata-se também de uma intromissão política", disse Morales a jornalistas.

Segundo o jornal La Razón, Burns, falando em Washington, teria conclamado Morales a se distanciar dos governos venezuelano e cubano e se voltar à "corrente dominante" na América Latina de governos de centro esquerda e centro direita. "Esperamos que o presidente boliviano Morales, embora tenha ocorrido por lá (na Bolívia) algumas nacionalizações que nos decepcionaram, tenha um enfoque mais integralista, que se volte à corrente dominante na América Latina", afirmou Burns, segundo a versão do jornal.

Hoje, Morales respondeu ao subsecretário durante uma entrevista coletiva à imprensa. "O governo boliviano vai estabelecer relações com todos os países, algumas delas serão diplomáticas, outras serão comerciais. Aqui iniciamos um processo de dignificação e ninguém poderá se intrometer em nossos assuntos", afirmou Morales depois de ter sido questionado sobre a questão.

"Tenho muita admiração pelo presidente (Hugo) Chávez (da Venezuela) e pelo presidente de Cuba (Fidel Castro), vocês sabem quais são os benefícios que temos com esta conjuntura, neste momento, incondicionalmente; lá temos acesso à cooperação e créditos sem que tenhamos que nos classificar", afirmou Morales.





Fonte: AE

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