Repórter News - reporternews.com.br
EUA planejam aumento de tropas em último esforço no Iraque
O presidente George W. Bush planeja aumentar em 20 mil homens as tropas dos Estados Unidos que lutam no Iraque, no que seria o último esforço concentrado antes de iniciar a retirada gradual dos soldados americanos do país árabe, segundo uma reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal britânico "The Guardian".
O aumento das tropas demonstra resistência do presidente às crescentes pressões pela retirada feitas pelo Partido Democrata, que venceu as últimas eleições legislativas e controlará o Congresso dos EUA a partir de janeiro.
O aumento das tropas constituiria, segundo o jornal, o último grande esforço de Bush para vencer uma guerra que se torna cada vez mais complexa pelo aumento incessante da violência sectária no Iraque.
A negativa de Bush em ceder sobre sua política para o país árabe tem um impacto decisivo na análise do Grupo de Estudos do Iraque --comissão bipartidária encabeçada pelo ex-secretário de Estado James Baker--, segundo o "Guardian".
Apesar de o trabalho do grupo ainda não estar concluído, a expectativa é que suas recomendações se formem em torno de uma "estratégia de vitória" de quatro pontos desenvolvida por funcionários do Pentágono que assessoram o grupo, ainda de acordo com o jornal.
Quatro Pontos
O primeiro dos quatro pontos propostos para a Guerra do Iraque é exatamente o aumento das tropas em até 20 mil soldados, que seriam deslocados para assegurar a segurança de Bagdá e permitir que outros deslocamentos de tropas sejam possíveis em outros pontos do Iraque.
Em segundo, a estratégia foca na cooperação regional, que seria organizada a partir de uma conferência internacional ou ainda com o envolvimento diplomático direto de países como o Kwait e a Arábia Saudita. Segundo o membro do Instituto de Estudos Estratégicos de Londres Patrick Croning, ouvido pelo "Guardian", um diálogo que também inclua o Irã e a Síria são possibilidades que ainda devem ser discutidas.
Reavivar o processo de reconciliação entre sunitas, xiitas e outros grupos no Iraque é o terceiro dos quatro pontos previstos, e por fim, a estratégia prevê um aumento da verba autorizada pelo Congresso para financiar treinamento e equipamentos para as forças de segurança do Iraque.
Prazo
As fontes consultadas pelo "Guardian" afirmam que Bush sabe que tem menos de um ano para conseguir uma reviravolta na guerra.
Este último esforço tem a intenção de dar ao presidente e ao Partido Republicano um tempo político e espaço para a recuperação após a derrota nas últimas eleições. Em 2008, uma nova disputa eleitoral --desta vez para a Presidência dos EUA-- colocará novamente os republicanos frente ao voto dos eleitores americanos.
Contra a retirada
Ontem, o mais importante líder do Exército americano no Oriente Médio advertiu o Congresso dos EUA contra a fixação de um prazo para a retirada das tropas do Iraque.
O general John Abizaid afirmou que um eventual cronograma de retirada impediria os comandantes de gerenciar as tropas iraquianas e americanas apropriadamente durante a guerra. Abizaid foi chamado ao Congresso no momento em que o Comitê de Serviços Armados do Senado começou a reexaminar a política americana para a guerra.
Para argumentar contra o cronograma para a retirada, Abizaid disse que ele e outros comandantes dos EUA precisavam de flexibilidade para gerenciar as forças de segurança no Iraque, assim como liberdade para saber o momento de transferir a responsabilidade sobre a segurança para as forças locais.
"Cronogramas específicos limitam essa flexibilidade", afirmou o general.
A favor da retirada
Em um reflexo da divisão de opiniões sobre a política para o Iraque, o provável próximo chefe do Comitê de Serviços Armados, o senador democrata Carl Levin, disse que o governo deve dizer ao Iraque que as tropas americanas irão iniciar a retirada do país daqui a quatro a seis meses, de modo a forçar os iraquianos a tomar a responsabilidade para si.
"Nós não podemos salvar os iraquianos deles mesmos. A única maneira de fazer os líderes iraquianos encararem a realidade é o presidente George W. Bush dizer a eles que iniciaremos uma retirada gradual das tropas daqui a quatro ou seis meses", afirmou Levin.
Questionado por Levin a respeito da possibilidade de um aumento do número de soldados americanos no Iraque, o general Abizaid disse que está considerando "desde aumentar o número de tropas até retirá-las". Ele informou que apresentará suas recomendações a seus superiores.
O aumento das tropas constituiria, segundo o jornal, o último grande esforço de Bush para vencer uma guerra que se torna cada vez mais complexa pelo aumento incessante da violência sectária no Iraque.
A negativa de Bush em ceder sobre sua política para o país árabe tem um impacto decisivo na análise do Grupo de Estudos do Iraque --comissão bipartidária encabeçada pelo ex-secretário de Estado James Baker--, segundo o "Guardian".
Apesar de o trabalho do grupo ainda não estar concluído, a expectativa é que suas recomendações se formem em torno de uma "estratégia de vitória" de quatro pontos desenvolvida por funcionários do Pentágono que assessoram o grupo, ainda de acordo com o jornal.
Quatro Pontos
O primeiro dos quatro pontos propostos para a Guerra do Iraque é exatamente o aumento das tropas em até 20 mil soldados, que seriam deslocados para assegurar a segurança de Bagdá e permitir que outros deslocamentos de tropas sejam possíveis em outros pontos do Iraque.
Em segundo, a estratégia foca na cooperação regional, que seria organizada a partir de uma conferência internacional ou ainda com o envolvimento diplomático direto de países como o Kwait e a Arábia Saudita. Segundo o membro do Instituto de Estudos Estratégicos de Londres Patrick Croning, ouvido pelo "Guardian", um diálogo que também inclua o Irã e a Síria são possibilidades que ainda devem ser discutidas.
Reavivar o processo de reconciliação entre sunitas, xiitas e outros grupos no Iraque é o terceiro dos quatro pontos previstos, e por fim, a estratégia prevê um aumento da verba autorizada pelo Congresso para financiar treinamento e equipamentos para as forças de segurança do Iraque.
Prazo
As fontes consultadas pelo "Guardian" afirmam que Bush sabe que tem menos de um ano para conseguir uma reviravolta na guerra.
Este último esforço tem a intenção de dar ao presidente e ao Partido Republicano um tempo político e espaço para a recuperação após a derrota nas últimas eleições. Em 2008, uma nova disputa eleitoral --desta vez para a Presidência dos EUA-- colocará novamente os republicanos frente ao voto dos eleitores americanos.
Contra a retirada
Ontem, o mais importante líder do Exército americano no Oriente Médio advertiu o Congresso dos EUA contra a fixação de um prazo para a retirada das tropas do Iraque.
O general John Abizaid afirmou que um eventual cronograma de retirada impediria os comandantes de gerenciar as tropas iraquianas e americanas apropriadamente durante a guerra. Abizaid foi chamado ao Congresso no momento em que o Comitê de Serviços Armados do Senado começou a reexaminar a política americana para a guerra.
Para argumentar contra o cronograma para a retirada, Abizaid disse que ele e outros comandantes dos EUA precisavam de flexibilidade para gerenciar as forças de segurança no Iraque, assim como liberdade para saber o momento de transferir a responsabilidade sobre a segurança para as forças locais.
"Cronogramas específicos limitam essa flexibilidade", afirmou o general.
A favor da retirada
Em um reflexo da divisão de opiniões sobre a política para o Iraque, o provável próximo chefe do Comitê de Serviços Armados, o senador democrata Carl Levin, disse que o governo deve dizer ao Iraque que as tropas americanas irão iniciar a retirada do país daqui a quatro a seis meses, de modo a forçar os iraquianos a tomar a responsabilidade para si.
"Nós não podemos salvar os iraquianos deles mesmos. A única maneira de fazer os líderes iraquianos encararem a realidade é o presidente George W. Bush dizer a eles que iniciaremos uma retirada gradual das tropas daqui a quatro ou seis meses", afirmou Levin.
Questionado por Levin a respeito da possibilidade de um aumento do número de soldados americanos no Iraque, o general Abizaid disse que está considerando "desde aumentar o número de tropas até retirá-las". Ele informou que apresentará suas recomendações a seus superiores.
Fonte:
O Documento
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/260275/visualizar/
Comentários