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Grandes empresas buscam diretores de inovação
Há um cargo novo nas empresas brasileiras. Trata-se do gerente de inovação ou de novos negócios. Apesar de ainda ser pouco conhecido, ele tornou-se um dos profissionais mais exigidos e atuantes nas grandes companhias.
Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 25,9% das empresas industriais brasileiras se preocupam com inovação e freqüentemente lançam novos produtos ou reinventam processos. Não há números exatos para comércio e serviços, mas especialistas afirmam que mais empresas estão preocupadas em designar um de seus executivos como coordenador dessa área.
"A inovação em manufatura é forte e agora a tendência está chegando a serviços", diz o gerente de desenvolvimento de novos negócios da Accor Services, Gustavo Chicarino. "Fiz um curso sobre inovação em Chicago e havia até executivos de seguradoras presentes."
A inovação transformou-se numa forte aliada das empresas num mercado altamente competitivo. A diferença entre quem inova e quem não inova aparece no caixa.
Dados do Ipea apontam que as indústrias brasileiras inovadoras têm faturamento médio anual de R$ 135 milhões, enquanto a receita daquelas que trabalham com produtos padronizados é de R$ 25 milhões. Para o sócio da consultoria IBM Brasil - e também responsável por novos negócios - Paulo de Tarso Machado, o desafio do executivo responsável por essa área é ter, ao mesmo tempo, uma visão mais conceitual de mercado e um conhecimento da empresa na prática. "Ele precisa pensar fora da caixa para se adiantar àquilo que o mercado quer, mas tem que criar projetos viáveis."
Para Machado, as empresas necessitam desse tipo de profissional porque a maioria de seus executivos está sobrecarregada com as metas e afazeres do dia-a-dia. Esse novo profissional é alguém com liberdade para criar e pensar em projetos além da rotina.
"Algumas empresas estão criando essa área. No futuro, quando o procedimento de criar se tornar intrínseco a todos os funcionários, essa área deve se desmanchar aos poucos, porém a idéia é mantida", diz o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Paulo Sérgio Quartiermeister. Ele também é o coordenador do novo Centro de Inovação e Criação da ESPM, que na semana que vem realizará um evento sobre o assunto em São Paulo.
"Para ocupar um cargo como esse, a quem se reportarão diversos setores, como o marketing, pesquisa e produção, o profissional deve ter algumas qualidades", diz o professor. Entre as principais estão um grande conhecimento dos consumidores, o gosto por desafios e um bom relacionamento com todas as áreas da empresa. "Esse é um executivo que tem de circular, recolher e organizar idéias. Uma pessoa que goste de ficar em uma 'zona de conforto' não deve aceitar essa função."
Formação
A formação para um gerente de inovação ou novos negócios não é definida. "A pessoa precisa ter uma formação ampla e variada, mas nada específico", diz Machado, da IBM. Ele próprio é formado em Marketing, com cursos posteriores de gestão e literatura inglesa. "Gostaria de estudar antropologia também", diz.
Gustavo Chicarino, da Accor Services, é engenheiro naval e já trabalhou com finanças no Brasil e no exterior. "Essa variedade nos ajuda a bolar idéias diferentes", diz Chicarino.
Na semana passada, Chicarino estava monitorando o andamento de 22 novos projetos da Accor Services. "A inovação tem de ocorrer o tempo todo. Não existe mais a possibilidade de ficar um dia sem pensar em algo novo."
"A inovação em manufatura é forte e agora a tendência está chegando a serviços", diz o gerente de desenvolvimento de novos negócios da Accor Services, Gustavo Chicarino. "Fiz um curso sobre inovação em Chicago e havia até executivos de seguradoras presentes."
A inovação transformou-se numa forte aliada das empresas num mercado altamente competitivo. A diferença entre quem inova e quem não inova aparece no caixa.
Dados do Ipea apontam que as indústrias brasileiras inovadoras têm faturamento médio anual de R$ 135 milhões, enquanto a receita daquelas que trabalham com produtos padronizados é de R$ 25 milhões. Para o sócio da consultoria IBM Brasil - e também responsável por novos negócios - Paulo de Tarso Machado, o desafio do executivo responsável por essa área é ter, ao mesmo tempo, uma visão mais conceitual de mercado e um conhecimento da empresa na prática. "Ele precisa pensar fora da caixa para se adiantar àquilo que o mercado quer, mas tem que criar projetos viáveis."
Para Machado, as empresas necessitam desse tipo de profissional porque a maioria de seus executivos está sobrecarregada com as metas e afazeres do dia-a-dia. Esse novo profissional é alguém com liberdade para criar e pensar em projetos além da rotina.
"Algumas empresas estão criando essa área. No futuro, quando o procedimento de criar se tornar intrínseco a todos os funcionários, essa área deve se desmanchar aos poucos, porém a idéia é mantida", diz o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Paulo Sérgio Quartiermeister. Ele também é o coordenador do novo Centro de Inovação e Criação da ESPM, que na semana que vem realizará um evento sobre o assunto em São Paulo.
"Para ocupar um cargo como esse, a quem se reportarão diversos setores, como o marketing, pesquisa e produção, o profissional deve ter algumas qualidades", diz o professor. Entre as principais estão um grande conhecimento dos consumidores, o gosto por desafios e um bom relacionamento com todas as áreas da empresa. "Esse é um executivo que tem de circular, recolher e organizar idéias. Uma pessoa que goste de ficar em uma 'zona de conforto' não deve aceitar essa função."
Formação
A formação para um gerente de inovação ou novos negócios não é definida. "A pessoa precisa ter uma formação ampla e variada, mas nada específico", diz Machado, da IBM. Ele próprio é formado em Marketing, com cursos posteriores de gestão e literatura inglesa. "Gostaria de estudar antropologia também", diz.
Gustavo Chicarino, da Accor Services, é engenheiro naval e já trabalhou com finanças no Brasil e no exterior. "Essa variedade nos ajuda a bolar idéias diferentes", diz Chicarino.
Na semana passada, Chicarino estava monitorando o andamento de 22 novos projetos da Accor Services. "A inovação tem de ocorrer o tempo todo. Não existe mais a possibilidade de ficar um dia sem pensar em algo novo."
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/260308/visualizar/
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