Quatro empresas se habilitam para administrar a Loteria de Mato Grosso
Durante todo o dia de hoje, na Assembleia Legislativa, o governo do Estado vai ouvir as propostas de quatro empresas que estão se habilitando para disputar o processo licitatório para administrar a Loteria do Estado de Mato Grosso (Lemat), que após 27 anos de desativação vai voltar com a missão de arrecadar fundos para as áreas de esporte e social. "Queremos uma instituição que funcione, agrade o cidadão e fomente o desenvolvimento", disse o governador Silval Barbosa (PMDB).
Das quatro empresas que se inscreveram até o último dia 6, conforme preceitua o edital publicado no Diário Oficial do Estado, duas são internacionais e duas nacionais, sendo que o evento vai contar com a presença de Ricardo Amado da Costa, representando o presidente da Federação Brasileira das Empresas Lotéricas (FEBRALOT), Roger Benac. "Por uma questão estratégica e até mesmo de preservação das propostas, os nomes das concorrentes só serão conhecidos hoje durante a apresentação das propostas", disse o presidente da Lemat, Manoel Antônio Garcia Palma, mais conhecido como Toco Palma.
Reativada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), após projeto apresentado pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), a Lemat tem a oportunidade de fomentar os jogos da Copa do Mundo que acontecerão em Mato Grosso em 2014, sem contar que toda sua renda será revertida para a promoção do esporte e de práticas sociais sustentáveis.
Criada em 1942, apenas por alguns anos, principalmente durante o governo Júlio Campos (1983/1986) a Loteria de Mato Grosso funcionou principalmente com as raspadinhas que até hoje tem comercialização em vários Estados e pela Caixa Econômica Federal que centraliza e administra todos os jogos de loteria legalmente previstos no Brasil.
"Para se ter uma ideia do volume de recursos movimentados pela Caixa Econômica Federal em todo o Brasil, basta ver os resultados de 2012 que são, 7,7% maiores que os arrecadados em 2011. O total foi de R$ 10,4 bilhões", disse Toco Palma apostando que Mato Grosso guardada as devidas proporções terá uma loteria rentável e que destinará toda sua arrecadação para prêmios e para o fomento de políticas públicas sociais e esportivas.
Do valor arrecadado pelas Loterias Federais, um percentual é destinado a repasses sociais, gerando uma fonte de recursos em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país. Em 2012, o valor total repassado para o esporte brasileiro foi de R$ 707,1 milhões. A educação recebeu R$ 936,1 milhões e a segurança R$ 315,1 milhões. Juntos, a Seguridade Social, a Cultura e os demais beneficiários, receberam R$ 2,9 bilhões, perfazendo o total de R$ 4,89 bilhões.
Toco Palma lembrou que a determinação expressa do governador Silval Barbosa (PMDB) que vem sendo cumprida literalmente e passa pela fiscalização do secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, será fazer da Lemat um órgão eficiente, esportivo e social para atender as demandas existentes.
José Riva apontou que seu maior interesse é fomentar o esporte e as práticas saudáveis como forma de dar ocupação das centenas de milhares de jovens e adultos. "Temos que olhar o esporte como uma fonte profissional e socializadora das famílias mato-grossenses", explicou.
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