China defende maior dialogo sobre commodities

Num aparente retorno aos conceitos da economia planificada chinesa, o vice-primeiro ministro da China, Zeng Peiyan, pediu o estabelecimento de uma nova ordem no mercado internacional de commodities minerais. "É necessário desenvolver um diálogo maior entre os principais produtores e consumidores de produtos minerais. O monopólio dos preços deve ser rechaçado em benefício de um comércio justo para satisfazer a demanda", advogou perante a platéia de executivos que participam da Conferência Internacional de Minerais da China.

Zeng também solicitou durante o seu discurso a estabilização dos preços internacionais das commodities minerais por intermédio da "elevação da produção e do fornecimento mundial dos produtos" e da ampliação do número de contratos de fornecimento de longo prazo entre produtores e consumidores. "A China vai trabalhar com os governos e empresas estrangeiras em prol do desenvolvimento sadio e sustentável da indústria mineral", declarou.

A Agência de Notícias Xinhua qualificou a China como "um grande mercado consumidor emergente de petróleo, minério de ferro, cobre e outros produtos minerais" e reconheceu que o país vem tentando ampliar seu papel na formação dos preços internacionais dessas commodities. "Até o momento, no entanto, conquistamos poucos progressos", diz a reportagem.

Já o vice-ministro de Terras e Recursos Naturais, Wang Min, revelou que os investimentos na indústria de mineração nacional subiram 33,4% nos primeiros nove meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando US$ 32 bilhões.

"Os investimentos no setor petrolífero, fundição de metais e não ? metais e outros setores de processamento totalizaram US$ 51 bilhões entre janeiro e setembro, com uma expansão na comparação com o mesmo período do ano passado de 14%", afirmou Wang.