Kirchner mantém popularidade em alta na Argentina

O presidente Néstor Kirchner mantém um alto índice de popularidade, apesar da derrota de seu aliado político nas eleições provinciais de Misiones e dos violentos conflitos entre sindicalistas ligados ao governo. Segundo uma pesquisa promovida pela consultoria Poliarquía, 61% da população têm uma imagem positiva do presidente, enquanto que 27% a consideraram regular e apenas 10% opinaram que era negativa.

A pesquisa envolveu 800 consultas telefônicas entre os dias 1 a 7 de novembro. Em outubro, o resultado da pesquisa feita pela mesma consultoria foi de 62% de imagem positiva, 30% regular e 7% negativa. Em nota à imprensa, a Poliarquía disse que "em uma perspectiva de médio prazo, a imagem positiva do presidente se mantém igual à registrada um ano atrás". O resultado entusiasmou o governo, preocupado com as repercussões políticas das eleições de 29 de outubro, quando Misiones votou contra a proposta do governador Rovira de reformar a constituição para permitir a reeleição indefinida.

Kirchner apoiou Rovira com recursos financeiros e políticos e chegou a visitar Misiones para ajudar na campanha do amigo. A derrota de Rovira foi também de Kirchner, quem deu ordem para suspender todos os planos de reeleição, incluindo a sua e a de seus aliados nas províncias do país. Outro fato que preocupou a Casa Rosada foi o conflito que incluiu tiros e pancadarias entre sindicalistas ligados ao governo ocorrido no dia 17 de outubro, por ocasião do traslado do corpo do ex-presidente Juan Domingo Perón, fundador do partido de Kirchner: o Justicialista (PJ), também chamado de Peronista.