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Internacional
Terça - 14 de Novembro de 2006 às 17:34

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O ministro do Interior iraquiano anunciou nesta terça-feira a prisão de cinco policiais suspeitos de ligação com um seqüestro em massa que fez entre cem e 150 reféns no Ministério da Educação Superior em Bagdá.

O porta-voz do Ministério do Interior, Jalil Khalaf, disse que, entre os detidos, está o chefe de polícia de Karradah, bairro central de Bagdá onde fica o escritório ministerial. O comandante da brigada policial responsável pela área e outros três policiais também foram presos.

Os seqüestradores usavam uniformes iguais aos do comando policial do Ministério do Interior, tinham uma lista com os nomes de funcionários locais e disseram estar agindo para ajudar o grupo anti-corrupção do governo a checar a segurança antes de uma visita de um embaixador dos Estados Unidos.

No entanto, é comum o uso de uniformes roubados ou falsos do Exército e da polícia por grupos ilegais no Iraque. A situação dos reféns, levados por homens armados durante o dia, ainda é desconhecida.

Reféns

Horas depois do seqüestro, o ministro do Interior disse que três das vítimas foram aparentemente libertadas e encontradas ilesas na rua Palestina, no sudeste de Bagdá.

As vítimas foram seqüestradas de um instituto do Ministério da Educação Superior que lida com verbas para pesquisas e intercâmbios acadêmicos. Após o ataque, o ministro da Educação Superior ordenou todas a todas as universidades iraquianas que suspendam as aulas e fechem suas portas até que a segurança seja reforçada.

O líder do comitê de educação do Parlamento iraquiano, Alaa Makki, interrompeu a sessão de hoje do Parlamento para anunciar o seqüestro, no qual tanto xiitas quanto sunitas foram levados. O ataque foi perpetrado às 9h30 desta terça-feira.

Ele pediu uma ação rápida do premiê, Nouri al Maliki, e dos ministros do interior iraquianos para responder ao que chamou de "catástrofe nacional". Entre os reféns estão vice-diretores gerais, empregados e até visitantes do escritório, de acordo com o relato do líder.

A polícia local e testemunhas afirmaram que os atacantes bloquearam as vias no entorno do escritório por volta das 9h30. O porta-voz da polícia major Mahir Hamad disse que o ataque durou apenas cerca de 20 minutos.

Quatro guardas que faziam a segurança do escritório de pesquisa não ofereceram resistência e foram desarmados, segundo Hamad. Não há relato de mortos ou feridos no ataque.

Uma professora que visitava o local na hora dos seqüestros disse que o bando forçou homens e mulheres a entrarem em salas separadas. Os homens foram algemados e depois levados em caminhonetes.





Fonte: Folha Online

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