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Internacional
Terça - 14 de Novembro de 2006 às 15:46

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O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) advertiu nesta terça-feira que a insegurança não pára de aumentar no Chade, na fronteira com a região sudanesa de Darfur, e expressou seu temor de que a violência se estenda a outras áreas.

Segundo o Acnur, a violência se assemelha cada vez mais no sudeste do Chade e em Darfur, região onde a ONU considera que ocorre uma das piores crises humanitárias da história.

Na semana passada, ataques de milícias árabes contra 20 localidades do sudeste do Chade causaram um total de 220 mortes e calcula-se que a violência armada provocou no último ano o deslocamento forçado de 68 mil chadianos, afirmou o porta-voz do Acnur, Ron Redmond.

Os episódios aumentaram a instabilidade do Chade, que desde o início do conflito em Darfur recebeu mais de 200 mil refugiados sudaneses, que vivem em acampamentos temporários administrados pelo Acnur.

Diante do risco gerado por esta situação, o governo chadiano decretou na segunda-feira o estado de emergência e anunciou que analisa uma estratégia para controlar a situação.

A agência da ONU pediu à comunidade internacional que se mobilize rapidamente "para proteger os milhares de civis chadianos e refugiados sudaneses, assim como os trabalhadores humanitários que tentam ajudá-los".

Redmond ressaltou que os testemunhos das vítimas da violência do lado chadiano indicam que os agressores "são quase sempre árabes e em algumas ocasiões são pessoas conhecidas e até vizinhos das vítimas, que viveram juntos durante gerações".

O porta-voz acrescentou que os agressores costumam estar "bem armados, com fuzis, usam cavalos, camelos ou caminhões para se mobilizar e suas roupas podem ser tanto militares como civis".

O porta-voz disse que se acredita que, em alguns casos, o objetivo dos agressores seja expulsar os habitantes de suas terras para se apropriar delas, embora reconheça que pode haver outros motivos, que, por enquanto, são desconhecidos.





Fonte: EFE

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