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Domingo - 10 de Março de 2013 às 19:15

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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), diz estar com a cabeça em 2013 e afirma que as eleições presidenciais serão discutidas só em 2014. Mas sua agenda e sua estratégia de comunicação já o indicam como candidato ao Planalto.

 
 
Além de ter subido o tom em críticas recentes ao governo federal, Campos anda com a agenda repleta de encontros com empresários, políticos diversos e jornalistas e até lançou um perfil "nacional" no Instagram --rede social de compartilhamento de fotos.

 
 
Seu perfil, administrado por assessores, adotou o BR no nome, em vez do estadual PE: eduardocamposbr.



 
Até ontem pela manhã, 651 seguidores visualizavam 79 imagens do governador em momentos de trabalho e de descontração com a família.

 
 
Campos ainda mantém intactos dois hábitos: sempre olhar para as câmeras das TVs durante as entrevistas e sempre andar acompanhado de cinegrafista e fotógrafo.

 
 
MÍDIA

 
 
O grupo de comunicação do governo tem 41 funcionários. A equipe distribui textos à imprensa com destaque a declarações do governador e transmite ao vivo pelo site eventos oficiais.



 
Essa estrutura, segundo o governo, é a mesma desde 2007, quando Campos assumiu o primeiro mandato.

 
 
O governador e presidente nacional do PSB também tem cuidado da sua imagem. Nos eventos públicos, por exemplo, adota estratégia semelhante à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 
 
Seu fotógrafo oficial sempre distribui cartões aos fãs que posam para fotos com o governador e depois querem uma cópia de recordação.

 
 
Esses eventos, antes acompanhados só pela imprensa local, agora contam com jornalistas de outros Estados, que passaram a ver Campos criticar o governo federal.



 
Entre os alvos estiveram o financiamento da saúde, o deficit habitacional, as desigualdades regionais e o desempenho da economia.
 
O governador ainda diz combater o que chama de velha política, numa crítica ao embate de PT e PSDB.

 
 
"Ele entrou [na mídia nacional] como o governador bem avaliado e com essa proposta do novo pacto federativo", afirma Adriano Oliveira, cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

 
 
DEFINIÇÃO



 
Oliveira diz que o momento para Campos anunciar a candidatura está nas mãos da presidente Dilma Rousseff.

 
 
Caso ela dê um ultimato, Campos terá de informar sua decisão e antecipar o "fuso horário" do PSB, aliado do Planalto à frente de dois ministérios (Integração Nacional e Secretaria de Portos).

 
 
Segundo a legislação eleitoral, ele tem até o fim de março de 2014 para deixar o cargo e disputar a eleição.



 
Pesquisas de popularidade também podem acelerar o relógio socialista, caso apontem que Campos já está sendo reconhecido pelo país.

 
 
"Para não perder a identidade e o eleitorado não o ver como oportunista, traidor ou do mesmo campo do PT, ele vai ter de se posicionar", diz o professor da UFPE.

 
 
Ex-rival e atual aliado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) afirma que o próprio PT estimula Campos.

 
 
"As declarações de Lula [ao lançar Dilma à reeleição] aumentaram a disposição dele de disputar a eleição. Acho que fizeram uma tentativa de acuá-lo, de intimidá-lo, e aí a coisa foi pior, o estimulou".





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