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PCC recruta e treina mulheres para o crime
São Paulo - A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) está alistando mulheres. O plano é fazer um exército feminino. A ala delas na facção já existe. Embora pequena, é pioneira na história do crime organizado no Brasil. Trata-se do Comando Feminino do PCC.
Atualmente, elas são 18, todas “batizadas na facção”. Algumas dizem que foram treinadas com armas pesadas e explosivos, como fuzis, metralhadoras e granadas, para participar de resgates de presos, assaltos, tráfico de drogas, seqüestros e até de ações terroristas, como ataques a postos policiais. Parte da quadrilha está presa, enquanto a outra age nas ruas, em conjunto com os homens.
As mulheres filiadas ao PCC têm um padrinho ou madrinha na facção. Os principais chefes da organização batizaram as primeiras, que chamam o padrinho de pai e, por ele, dizem estar dispostas a matar ou morrer.
Assim como os soldados da principal organização criminosa do Estado de São Paulo, as mulheres prestam juramento de lealdade. Em caso de não-cumprimento a qualquer um dos 16 itens do estatuto do PCC, as recrutas estão sujeitas à exclusão do grupo. Em caso de traição, a sentença para a culpada é igual à dos homens: a morte.
Águia Solitária é o codinome de uma das 18 integrantes do Comando Feminino. Ela é conhecida entre os integrantes do crime organizado nas ruas e no sistema prisional. Ela explica que as integrantes da ala feminina têm poder de mando, mas desde que consultem antes seu padrinhos e os generais da facção para uma eventual decisão.
Processada por tráfico e roubo, Águia Solitária encabeça a lista do Comando Feminino do PCC. “Fui batizada por um importante general do PCC. Eu o chamo de pai. Por ele, mato e morro. Eu e minhas outras irmãs de facção não somos apenas batizadas no PCC. Também somos casadas com o crime. E, nesse casamento, a separação só vem com a morte.”
Ela diz ser destemida. “Tenho boa pontaria. Já participei de resgates de irmãos (integrantes do PCC). Sei manusear fuzil e metralhadora. Treinei com um irmão do partido num local ermo da zona sul. Foi lá que aprendi a atirar.”
Nas Prisões
As mulheres também exercem cargos de pilotos (chefes) nas prisões. Cuidam da disciplina interna - a facção, por exemplo, proíbe o homossexualismo entre suas filiadas -, lideram rebeliões e decidem se alguma rival deve ou não morrer. Algumas já cometeram faltas disciplinares graves e cumpriram castigo grave em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio anexo da Casa e Custódia e Tratamento de Taubaté.
Nas ruas, elas ajudam a controlar o tráfico de drogas e a fazer a contabilidade da organização. Elas também respondem pela parte assistencial, como a entrega de remédios e cestas básicas às famílias dos presos.
De acordo com Águia Solitária, o PCC tem centenas de simpatizantes nas ruas e nas prisões de São Paulo. No Estado há 9.824 presas distribuídas pelas cadeias públicas e penitenciárias. (Josmar Jozino)
Atualmente, elas são 18, todas “batizadas na facção”. Algumas dizem que foram treinadas com armas pesadas e explosivos, como fuzis, metralhadoras e granadas, para participar de resgates de presos, assaltos, tráfico de drogas, seqüestros e até de ações terroristas, como ataques a postos policiais. Parte da quadrilha está presa, enquanto a outra age nas ruas, em conjunto com os homens.
As mulheres filiadas ao PCC têm um padrinho ou madrinha na facção. Os principais chefes da organização batizaram as primeiras, que chamam o padrinho de pai e, por ele, dizem estar dispostas a matar ou morrer.
Assim como os soldados da principal organização criminosa do Estado de São Paulo, as mulheres prestam juramento de lealdade. Em caso de não-cumprimento a qualquer um dos 16 itens do estatuto do PCC, as recrutas estão sujeitas à exclusão do grupo. Em caso de traição, a sentença para a culpada é igual à dos homens: a morte.
Águia Solitária é o codinome de uma das 18 integrantes do Comando Feminino. Ela é conhecida entre os integrantes do crime organizado nas ruas e no sistema prisional. Ela explica que as integrantes da ala feminina têm poder de mando, mas desde que consultem antes seu padrinhos e os generais da facção para uma eventual decisão.
Processada por tráfico e roubo, Águia Solitária encabeça a lista do Comando Feminino do PCC. “Fui batizada por um importante general do PCC. Eu o chamo de pai. Por ele, mato e morro. Eu e minhas outras irmãs de facção não somos apenas batizadas no PCC. Também somos casadas com o crime. E, nesse casamento, a separação só vem com a morte.”
Ela diz ser destemida. “Tenho boa pontaria. Já participei de resgates de irmãos (integrantes do PCC). Sei manusear fuzil e metralhadora. Treinei com um irmão do partido num local ermo da zona sul. Foi lá que aprendi a atirar.”
Nas Prisões
As mulheres também exercem cargos de pilotos (chefes) nas prisões. Cuidam da disciplina interna - a facção, por exemplo, proíbe o homossexualismo entre suas filiadas -, lideram rebeliões e decidem se alguma rival deve ou não morrer. Algumas já cometeram faltas disciplinares graves e cumpriram castigo grave em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no presídio anexo da Casa e Custódia e Tratamento de Taubaté.
Nas ruas, elas ajudam a controlar o tráfico de drogas e a fazer a contabilidade da organização. Elas também respondem pela parte assistencial, como a entrega de remédios e cestas básicas às famílias dos presos.
De acordo com Águia Solitária, o PCC tem centenas de simpatizantes nas ruas e nas prisões de São Paulo. No Estado há 9.824 presas distribuídas pelas cadeias públicas e penitenciárias. (Josmar Jozino)
Fonte:
Agência de Notícias
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/260792/visualizar/
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