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Esposas e mães não deixam de estar perto dos parentes presos e psicólogo diz que muitas se sentem responsáveis pela prisão
Cerca de 90% das visitas são femininas
Cerca de 90% dos visitantes dos presídios são do sexo feminino. Conforme os agentes prisionais, os 10% restantes são homens e crianças. A constatação acontece nos dias de visita na Penitenciária Central do Estado (PCE), o maior de Mato Grosso, e no Presídio Feminino Ana Maria do Couto, que, mesmo abrigando somente mulheres, recebe um baixo número de visitas masculinas.
Separados por apenas vinte metros de distância, as duas prisões são repletas de semelhanças. Sujeira, mato alto, precárias condições de visitação e filas. O PCE aprisiona por volta de 1,5 mil homens, enquanto o presídio feminino abriga aproximadamente 300 mulheres.
“É só olhar para fila que tem 50 pessoas, das quais duas são homens e tem mais umas três crianças. Aos domingos, normalmente, há um número um pouco maior do público masculino do que no meio da semana, mas a porcentagem não muda muito. Mas, tem que lembrar que uma boa parte das presas aqui do Maria Couto só estão aqui porque tentaram passar droga para os maridos que estão na Central (PCE)”, afirmou a agente.
Para o psicólogo Jair José Schuh, a maior visitação das mulheres se dá por dois fatores, o instinto materno e o tempo. “Nos casos de presos acusados de violência doméstica ou crimes parecidos, mais de 90% das visitas são constituídas de mães. Em outros crimes essa porcentagem diminui, mas as mães tendem a se preocupar mais com os filhos e por isso não quererem deixá-los, seja onde estiverem. Elas sentem uma parte de culpa pela detenção deles.”
No caso dos homens, a problemática é diferente. Eles são mais vistos aos domingos, pois a grande maioria trabalha ao longo da semana. “Outros infelizmente deixam de comparecer por entenderem que o filho preso sujou a honra da família, de certa forma acabam deserdando o filho ou a filha, é a lógica inversa do pensamento materno”, afirmou o psicólogo.
Nenhuma das visitantes do Presídio Feminino Ana Maria do Couto ou do PCE quis ser fotografado ou ceder o nome para a equipe de reportagem do DIÁRIO. Segundo elas o preconceito contra pessoas que tem parentes presos é muito grande. “Você já viu parente de preso ser bem visto na sociedade? Eu trabalhava em um restaurante chique da cidade e quando souberam que minha irmã está presa, me mandaram embora,” afirmou M.L.R., de 32 anos de idade.
Nem os mais novos são poupados do preconceito. “Não convidam nem as crianças para festas de aniversário. O meu netinho mesmo sofre todo tipo de bullying dos moleques na escola por causa da mãe. Aí toda vez que trago ele para visitar ela, o garoto passa um mês para se recompor”, afirmou a senhora O.G.R, de 56 anos, que veio visitar a nora presa por tráfico.
Separados por apenas vinte metros de distância, as duas prisões são repletas de semelhanças. Sujeira, mato alto, precárias condições de visitação e filas. O PCE aprisiona por volta de 1,5 mil homens, enquanto o presídio feminino abriga aproximadamente 300 mulheres.
“É só olhar para fila que tem 50 pessoas, das quais duas são homens e tem mais umas três crianças. Aos domingos, normalmente, há um número um pouco maior do público masculino do que no meio da semana, mas a porcentagem não muda muito. Mas, tem que lembrar que uma boa parte das presas aqui do Maria Couto só estão aqui porque tentaram passar droga para os maridos que estão na Central (PCE)”, afirmou a agente.
Para o psicólogo Jair José Schuh, a maior visitação das mulheres se dá por dois fatores, o instinto materno e o tempo. “Nos casos de presos acusados de violência doméstica ou crimes parecidos, mais de 90% das visitas são constituídas de mães. Em outros crimes essa porcentagem diminui, mas as mães tendem a se preocupar mais com os filhos e por isso não quererem deixá-los, seja onde estiverem. Elas sentem uma parte de culpa pela detenção deles.”
No caso dos homens, a problemática é diferente. Eles são mais vistos aos domingos, pois a grande maioria trabalha ao longo da semana. “Outros infelizmente deixam de comparecer por entenderem que o filho preso sujou a honra da família, de certa forma acabam deserdando o filho ou a filha, é a lógica inversa do pensamento materno”, afirmou o psicólogo.
Nenhuma das visitantes do Presídio Feminino Ana Maria do Couto ou do PCE quis ser fotografado ou ceder o nome para a equipe de reportagem do DIÁRIO. Segundo elas o preconceito contra pessoas que tem parentes presos é muito grande. “Você já viu parente de preso ser bem visto na sociedade? Eu trabalhava em um restaurante chique da cidade e quando souberam que minha irmã está presa, me mandaram embora,” afirmou M.L.R., de 32 anos de idade.
Nem os mais novos são poupados do preconceito. “Não convidam nem as crianças para festas de aniversário. O meu netinho mesmo sofre todo tipo de bullying dos moleques na escola por causa da mãe. Aí toda vez que trago ele para visitar ela, o garoto passa um mês para se recompor”, afirmou a senhora O.G.R, de 56 anos, que veio visitar a nora presa por tráfico.
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/26084/visualizar/
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