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Calouros vão ficar sem alojamento no campus
Radharani Kuhn, de 20 anos, está no terceiro semestre de Comunicação Social na UFMT e é uma das oito meninas que dividem uma das Casas do Estudante Universitário (CEU). Ela conta que passou no vestibular, porém não tinha condições de se manter. O processo para adquirir uma bolsa de auxílio da universidade demora aproximadamente quatro meses e sem nenhum tipo de renda ou de auxílio da família, que mora em Chapada dos Guimarães, não teria como estudar. “A universidade simplesmente não dava nenhum tipo de ajuda, então a única saída foi apelar para o (PAC) Programa de Acolhimento Clandestino. Chegávamos na casa do estudante e nos instalávamos ou íamos de casa em casa esperando a boa vontade dos colegas. Teve aluno que dormiu no DCE por não ter nenhum tipo de abrigo. Só depois de muito brigar que UFMT institucionalizou o PAC e criou o PAI, Programa de Assistência Imediata.”
A reitoria da UFMT comunicou aos estudantes que cinco das seis unidades do CEU serão desativadas. A administração alega ter espaço suficiente no alojamento, que fica dentro do campus, e que os acadêmicos que optarem por não morar no Campus, podem requerer uma das bolsas de auxílio da universidade.
“Foram oito anos lutando para aumentar o número de vagas. Por enquanto são cerca de 150, o que representa pouco mais de 1% dos alunos da instituição. Em Santa Maria, a porcentagem chega a 10%. Se os alunos despejados forem transferidos para o alojamento do campus, como vão ficar os calouros que chegam em maio? Agora a UFMT abriu 50% das vagas para cotas, ou seja, alunos de baixa renda. Com o vestibular, sendo novamente pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), virão alunos de todos lugares,como eles vão ficar?”, indagou Kuhn.
Pâmela Felix da Silva, de 22 anos, cursa o 4º semestre da faculdade de química e veio de Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo. Ela conta que reprovou o primeiro semestre por ter perdido o pai. Acabou voltado para a cidade de natal para ficar com a mãe após o incidente. “O meu curso passou a ser integral, mal tenho condições para cumprir às 20 horas de estágio e poder receber a bolsa. Como sou bolsista, não posso fazer nenhum tipo de trabalho nem nos finais de semana. Agora me explica, sem pai, sem ninguém, se não fosse o CEU como eu iria me manter?”
Segundo Silva, as bolsas de permanência e alimentação somadas não chegam a R$ 550,00 e o auxílio de moradia para quem não mora no CEU é de R$ 360,00. “Agora calcula. Como vou alugar uma casa nesse valor? Levando em consideração água, luz, alimentação, transporte e mais a mobília, que não temos condições nenhuma de comprar. Não entendo como a universidade quer pagar mais, porque o gasto vai ser maior e reduzir a qualidade de vida do aluno níveis inaceitáveis”, afirmou. (GN)
A reitoria da UFMT comunicou aos estudantes que cinco das seis unidades do CEU serão desativadas. A administração alega ter espaço suficiente no alojamento, que fica dentro do campus, e que os acadêmicos que optarem por não morar no Campus, podem requerer uma das bolsas de auxílio da universidade.
“Foram oito anos lutando para aumentar o número de vagas. Por enquanto são cerca de 150, o que representa pouco mais de 1% dos alunos da instituição. Em Santa Maria, a porcentagem chega a 10%. Se os alunos despejados forem transferidos para o alojamento do campus, como vão ficar os calouros que chegam em maio? Agora a UFMT abriu 50% das vagas para cotas, ou seja, alunos de baixa renda. Com o vestibular, sendo novamente pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), virão alunos de todos lugares,como eles vão ficar?”, indagou Kuhn.
Pâmela Felix da Silva, de 22 anos, cursa o 4º semestre da faculdade de química e veio de Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo. Ela conta que reprovou o primeiro semestre por ter perdido o pai. Acabou voltado para a cidade de natal para ficar com a mãe após o incidente. “O meu curso passou a ser integral, mal tenho condições para cumprir às 20 horas de estágio e poder receber a bolsa. Como sou bolsista, não posso fazer nenhum tipo de trabalho nem nos finais de semana. Agora me explica, sem pai, sem ninguém, se não fosse o CEU como eu iria me manter?”
Segundo Silva, as bolsas de permanência e alimentação somadas não chegam a R$ 550,00 e o auxílio de moradia para quem não mora no CEU é de R$ 360,00. “Agora calcula. Como vou alugar uma casa nesse valor? Levando em consideração água, luz, alimentação, transporte e mais a mobília, que não temos condições nenhuma de comprar. Não entendo como a universidade quer pagar mais, porque o gasto vai ser maior e reduzir a qualidade de vida do aluno níveis inaceitáveis”, afirmou. (GN)
Fonte:
Do DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/26085/visualizar/
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