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Domingo - 10 de Março de 2013 às 13:31
Por: GUSTAVO NASCIMENTO

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Geraldo Tavares/DC
Carros da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) estão passando constantemente em frente às cinco Casas do Estudante Universitário (CEU), em Cuiabá. Os veículos, que dificilmente transitavam no local, param perto das residências e saem cantando pneus durante a noite e de madrugada. Com medo de retaliações, após o afastamento de três policiais que usaram de força abusiva contra acadêmicos que protestavam sobre a redução de vagas da CEU na última quarta feira (6), os universitários têm evitado sair e estudam medidas para se proteger. 

Rodrigo Albuquerque, de 20 anos, está cursando o quarto semestre da Faculdade de Ciências de Econômicas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Ele é presidente do movimento da casa do estudante universitário e foi um dos seis alunos agredidos e presos durante o protesto. “Estamos com medo. E se a história deixar de ser vinculada na mídia e algo acontecer conosco? Por isso já registramos boletim de ocorrência contra os agressores e vamos entrar com um mandato de segurança à vítima”. 

Outro estudante que não quis se identificar assegurou que um policial, que é estudante da universidade, afirmou que a Rotam está investigando o Campus da UFMT para descobrir quem são e quais são os horários dos alunos envolvidos no primeiro protesto. 

O tenente-coronel Paulo Serbija Ferreira Filho, coordenador de comunicação social e marketing da PM de Mato Grosso, afirmou que a Organização repudia qualquer ato de violência e que nenhum policial é orientado a intimidar a população. Ele alegou não saber da acusação de intimidação contra a PM, mas averbou que caso o fato aconteça, os estudantes devem gravar a placa ou prefixo da viatura e procurar a Corregedoria da Polícia Militar. 

HISTÓRICO - No episódio, os universitários trancaram uma das pistas da avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, para protestar contra o corte de 50 vagas na Casa do Estudante, anunciado pela reitoria da UFMT. A ação da polícia resultou em 10 universitários no pronto-socorro de Cuiabá devido a ferimentos causados por socos, chutes e balas de borracha. Seis acabaram presos acusados de desacato. 

O caso acabou ganhando repercussão na mídia local e nacional após diversos vídeos do incidente ter sido postado na Internet. A pressão sobre a ação policial veio de diversas organizações. Entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) e o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) publicaram nota de repúdio. A administração da UFMT também repudiou o ato e afirmou que não chamou a organização para conter o protesto. 

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso afastou até o momento três policiais. Entre eles o responsável por conduzir a ação, o capitão Gilson Vieira da Silva. 




Fonte: Do DC

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