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Nacional
Segunda - 13 de Novembro de 2006 às 18:27

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As primeiras conclusões da comissão da Aeronáutica que investiga o acidente com o Boeing da Gol, ocorrido no dia 29 de setembro e que causou a morte de 154 pessoas, deverão ser divulgadas até o fim desta semana, afirmou hoje o ministro da Defesa, Waldir Pires, de passagem pelo Rio. O ministro lembrou que este tipo de trabalho, que tem como objetivo maior apontar os erros cometidos, para evitar que se repitam no futuro, é, de fato, demorado, e afirmou que não irá, de forma alguma, "constranger os peritos" a fornecer relatórios inconclusivos.

No entanto, Pires disse que, passados 46 dias da queda do Boeing, já existem informações que podem ser divulgadas, como por exemplo que tipo de falhas (mecânicas e humanas) ocorreram e quais foram os procedimentos adotados pela tripulação do Boeing e do Legacy. "Eu não posso sequer pensar em constrangê-los, se eles não tiverem concluído as perícias", afirmou Pires. "Mas o que já houver de absolutamente incontestável já pode ser divulgado para a população brasileira. Algumas causas (do acidente) nós já conhecemos".

Ele não quis fazer comentários sobre as orientações que os pilotos do jato Legacy, que colidiu com o Boeing, receberam, ao sair de São José dos Campos. Voltou a afirmar, apenas, que controladores de vôo não podem dar diretrizes que contrariem o que determina o plano de vôo das aeronaves. "Nenhum controlador de vôo, de setor nenhum, pode revogar a mão e a contramão das aerovias brasileiras".

Defesa

José Carlos Dias, advogado dos pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, aguarda a liberação dos passaportes de seus clientes, que são norte-americanos, para que eles possam retornar aos EUA. Segundo Dias, é possível que uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) saia nos próximos dias. Uma vez de posse dos documentos, eles deverão retornar a seu país imediatamente.

Lepore e Paladino, que permanecem no Rio, ainda têm de prestar depoimento ao delegado federal Renato Sayão, que investiga o acidente. De acordo com Dias, o inquérito da PF continua parado, porque a Aeronáutica demora a passar as informações requeridas pelo delegado.





Fonte: AE

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