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Ônibus 499: biscateiro pode pegar 20 anos
O biscateiro André Luiz Ribeiro da Silva, 38 anos, que manteve a ex-mulher, a técnica de enfermagem Cristina Ribeiro, 36, e outros passageiros como reféns no ônibus 499 (Cabuçu-Central), na Via Dutra, sexta-feira, foi indiciado por seqüestro qualificado e outros três crimes: porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo e lesão corporal. Se condenado, suas penas podem chegar a até 20 de prisão.
No dia do incidente em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o promotor Carlos Guilherme Santos Machado, da 3ª Central de Inquéritos da Baixada, afirmou que não teria havido seqüestro, pois os passageiros poderiam sair do ônibus quando quisessem durante as 10 horas que durou a ação. O delegado Paulo Roberto da Silva, titular da 52ª DP (Nova Iguaçu), discorda.
"Foi seqüestro, porque os passageiros não tiveram autonomia para sair do ônibus quando ele invadiu o coletivo, que levava 50 passageiros. O que se sabe é que ele mandou o motorista tocar o ônibus, o que foi feito", justificou o delegado.
Ontem, André passou a ter vigilância reforçada na cela que divide com outros quatro presos, que espondem por falta de pagamento de pensão alimentícia. O temor da polícia é que ele tente suicídio. "Ele ainda está muito nervoso e abalado com tudo", diz o delegado. Em breve, quando estiver mais calmo, o biscateiro deverá se juntar a acusados de crimes mais graves nas celas comuns. Na 52ª DP, que tem capacidade para 180 detentos, hoje há 357.
Desorientado Por enquanto, André apresenta um comportamento de alguém sem a exata noção de seus atos. Pergunta por que está preso e diz sentir saudade da ex-mulher, a quem agrediu violentamente no ônibus, e dos filhos. "Ele ainda está muito nervoso e abalado com tudo o que aconteceu. Também pede desculpas aos filhos e agradece a Deus por não ter ocorrido o pior", diz seu advogado, Flávio Fernandes, que ontem esteve na delegacia.
Hoje, o acusado fará exame de corpo delito no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu. Também hoje, o delegado encaminhará a arma do crime para exame de balística no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Ele quer ter certeza de que o disparo feito dentro do ônibus da Viação Tinguá saiu mesmo do revólver calibre 38 usado pelo biscateiro. "Vamos apurar também a procedência dessa arma, que está com a numeração intacta. Quero saber o histórico do revólver antes de ter chegado às mãos do acusado", explicou.
André recebeu pela primeira vez a visita dos irmãos Carlos Eduardo da Silva e Rosimary Maria da Silva Costa. "Ele está muito arrependido", garante a irmã.
Três acusações O primeiro registro de ocorrência de Cristina contra André foi em 9 de julho de 2001 (RO 1918), com acusação de lesão corporal e ameaça, por ele ter tentado estrangulá-la. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) instaurou inquérito e o enviou ao Juizado Especial Criminal no dia 25 de dezembro de 2001.
Dia 6 de agosto deste ano, a mãe de Cristina foi à Deam para registrar queixa de cárcere privado contra André (RO 2795). Ela contou que a filha tinha desaparecido dia 2 de agosto, quando ia trabalhar na Clínica Ortopédica Nova Iguaçu. Ela soube por uma amiga de Cristina que a filha teria ligado de um Motel em Nova Iguaçu dizendo que foi levada à força por André. Na ocasião, os dois já estariam separados há dois meses.
Dia 11 de setembro, Cristina retornou à Deam para registrar nova queixa contra André, desta vez por coação no curso do processo (RO 3301). Ela contou que André estava com uma arma de fogo e a cercou na porta do colégio dos filhos, obrigando-a a retirar a queixa de cárcere privado na Deam.
No dia do incidente em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o promotor Carlos Guilherme Santos Machado, da 3ª Central de Inquéritos da Baixada, afirmou que não teria havido seqüestro, pois os passageiros poderiam sair do ônibus quando quisessem durante as 10 horas que durou a ação. O delegado Paulo Roberto da Silva, titular da 52ª DP (Nova Iguaçu), discorda.
"Foi seqüestro, porque os passageiros não tiveram autonomia para sair do ônibus quando ele invadiu o coletivo, que levava 50 passageiros. O que se sabe é que ele mandou o motorista tocar o ônibus, o que foi feito", justificou o delegado.
Ontem, André passou a ter vigilância reforçada na cela que divide com outros quatro presos, que espondem por falta de pagamento de pensão alimentícia. O temor da polícia é que ele tente suicídio. "Ele ainda está muito nervoso e abalado com tudo", diz o delegado. Em breve, quando estiver mais calmo, o biscateiro deverá se juntar a acusados de crimes mais graves nas celas comuns. Na 52ª DP, que tem capacidade para 180 detentos, hoje há 357.
Desorientado Por enquanto, André apresenta um comportamento de alguém sem a exata noção de seus atos. Pergunta por que está preso e diz sentir saudade da ex-mulher, a quem agrediu violentamente no ônibus, e dos filhos. "Ele ainda está muito nervoso e abalado com tudo o que aconteceu. Também pede desculpas aos filhos e agradece a Deus por não ter ocorrido o pior", diz seu advogado, Flávio Fernandes, que ontem esteve na delegacia.
Hoje, o acusado fará exame de corpo delito no Instituto Médico Legal de Nova Iguaçu. Também hoje, o delegado encaminhará a arma do crime para exame de balística no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Ele quer ter certeza de que o disparo feito dentro do ônibus da Viação Tinguá saiu mesmo do revólver calibre 38 usado pelo biscateiro. "Vamos apurar também a procedência dessa arma, que está com a numeração intacta. Quero saber o histórico do revólver antes de ter chegado às mãos do acusado", explicou.
André recebeu pela primeira vez a visita dos irmãos Carlos Eduardo da Silva e Rosimary Maria da Silva Costa. "Ele está muito arrependido", garante a irmã.
Três acusações O primeiro registro de ocorrência de Cristina contra André foi em 9 de julho de 2001 (RO 1918), com acusação de lesão corporal e ameaça, por ele ter tentado estrangulá-la. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) instaurou inquérito e o enviou ao Juizado Especial Criminal no dia 25 de dezembro de 2001.
Dia 6 de agosto deste ano, a mãe de Cristina foi à Deam para registrar queixa de cárcere privado contra André (RO 2795). Ela contou que a filha tinha desaparecido dia 2 de agosto, quando ia trabalhar na Clínica Ortopédica Nova Iguaçu. Ela soube por uma amiga de Cristina que a filha teria ligado de um Motel em Nova Iguaçu dizendo que foi levada à força por André. Na ocasião, os dois já estariam separados há dois meses.
Dia 11 de setembro, Cristina retornou à Deam para registrar nova queixa contra André, desta vez por coação no curso do processo (RO 3301). Ela contou que André estava com uma arma de fogo e a cercou na porta do colégio dos filhos, obrigando-a a retirar a queixa de cárcere privado na Deam.
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/261088/visualizar/
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