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Internacional
Segunda - 13 de Novembro de 2006 às 03:26

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A Promotoria de Taipé interrogará Ma Ying-jeou, presidente do Partido Kuomintang, da oposição, sobre o uso de um fundo discricional, em resposta a acusações de corrupção feitas pelo Governo.

Ma, prefeito de Taipé, declarou hoje que não existe ilegalidade alguma no uso dos fundos da Prefeitura, e que as acusações só buscam desviar a atenção dos escândalos presidenciais.

O fundo em questão é de "despesas especiais do prefeito" e, segundo a tradição em Taipé, é enviada à conta corrente pessoal dos vereadores, o que despertou críticas.

"Os fundos oficiais se misturam com os pessoais, e não é fácil saber se irão para onde devem ou a pagar despesas de Ma", disse o legislador do governante Partido Democrata Progressista (PDP) Wang Shih-cheng.

Ma enviou US$ 10.300 dos fundos à sua própria conta pessoal, completou Wang.

O Kuomintang afirma que as acusações do PDP a seu principal responsável são apenas uma tentativa para desviar a atenção do escândalo de corrupção que afeta o governante Chen Shui-bian e sua esposa, Wu Shu-chen.

Há mais de uma semana, a Promotoria taiuanesa acusou formalmente Shu de corrupção e falsificação de documentos de um fundo estatal, além da apropriação de aproximadamente US$ 450.000.

Em 24 de novembro, o Parlamento taiuanês votará a realização ou não de uma moção para destituir Chen. Observadores locais asseguram que esta será derrotada, já que a oposição apenas controla 112 cadeiras e a moção precisa de 147 votos para sair.

Na última quarta, o PDP decidiu apoiar o presidente nesta situação difícil, embora a Promotoria de Taiwan assegure que tem provas suficientes de seu envolvimento no caso de corrupção que envolve sua esposa.

Duas moções de cassação similares, apresentadas pela oposição em junho e outubro deste ano, fracassaram devido ao boicote dos parlamentares governistas.

Chen e sua esposa reconhecem ter utilizado faturas alheias para justificar despesas do fundo estatal, mas asseguram que não embolsaram o dinheiro, e sim o destinaram à diplomacia secreta da ilha.

A promotoria descobriu que cerca de US$ 45.000, incluídos como "despesas oficiais", foram gastos na compra de um anel de diamantes da primeira-dama.

O presidente taiuanês prometeu renunciar se sua esposa for condenada. Porém este tipo de casos judiciais pode durar mais de um ano, e o mandato de Chen termina em maio de 2008.





Fonte: EFE

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