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Polícia Brasil
Segunda - 13 de Novembro de 2006 às 02:45

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A mulher do funcionário da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) de São Paulo Alex Antônio de Oliveira, 35 anos, encontrado morto com o filho de 3 anos neste sábado em um apartamento no Flamengo, zona sul do Rio, foi localizada pela polícia na Bahia e deverá depor ainda nesta semana Ela não é vista pelos vizinhos há pelo menos três dias. "Já fizemos contato telefônico com ela e esperamos que venha depor esta semana", afirmou neste domingo o delegado titular da 10ª DP (Botafogo), Rodrigo Santoro Santoro.

Policiais encontraram restos de comida e veneno de rato conhecido como chumbinho no apartamento e trabalham com a hipótese de homicídio - não está descartada a possibilidade de Alex ter matado a criança para se suicidar em seguida. Ele e o filho, Alex Anderson de Oliveira, foram encontrados sábado à noite em um apartamento do edifício Solimar, antigo Rajah, por vizinhos alertados pelo mau cheiro que exalava do local. Eles teriam morrido cerca de quatro dias antes de os corpos serem encontrados.

"Trabalhamos com todas as possibilidades. Pode ter sido um duplo homicídio ou um homicídio seguido de suicídio, mas ainda está muito no início. Parece, a princípio, que foi envenenamento por chumbinho, mas só a perícia técnica poderá dizer com segurança", afirma Santoro.

O corpo da criança estava embaixo da cama onde o cadáver do pai foi encontrado. Os agentes que foram ao apartamento das vítimas contam que os dois cadáveres já estavam em estado de decomposição. Segundo eles, as mortes devem ter acontecido há aproximadamente quatro dias.

Segundo moradores do prédio, aparentemente não havia sinais de violência na residência. De acordo com vizinhos, Alex foi morar no apartamento há três meses. No local morava a mãe dele, que teria saído do imóvel por causa das inúmeras brigas entre Alex e mulher, que conhecidos afirmam ser madrasta da criança.

Alex morava no sexto andar do bloco B do edifício conhecido como Rajah, que mudou de nome para Solimar na tentativa de superar a má fama, provocada por um passado de sucessivas ocorrências policiais.

De acordo com vizinhos, o agente da Febem de São Paulo estava de licença médica devido a problemas cardíacos e veio morar no Rio de Janeiro para fazer tratamento médico.

Nenhum parente fez reconhecimento no IML Os corpos de pai e filho foram recolhidos no fim da madrugada e levados para o Instituto Médico Legal. Apesar de terem sido identificados pela polícia, até o fim da tarde, nenhum parente havia comparecido ao IML para reconhecer os corpos, que foram registrados no Instituto como "não-identificados". Caso permaneçam sem a confirmação dos nomes, pai e filho poderão ser enterrados como indigentes.

Os corpos de Alex e do filho só foram descobertos porque crianças que participavam de uma festa de aniversário no mesmo andar sentiram forte mau cheiro e identificaram o apartamento de onde saía o odor. De acordo com um morador, o síndico do prédio, João Batista de Souza Oliveira, teria tentado impedir o acionamento dos bombeiros, para evitar tumultos no prédio.





Fonte: O Dia

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