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Educação/Vestibular
Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 22:29

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Os estudantes de Brasília foram rápidos no gatilho. Até mesmo aqueles que não boicotaram o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade ). Antes das 16h, faltando mais de uma hora para o fim da avaliação, eram poucos os alunos que ainda não haviam terminado a prova. "Saí da sala agora e não tinha quase ninguém lá", garantiu ao G1, por volta das 15h50, a estudante do 2º semestre de Pedagogia Tatiane Dourado Oliveira, 21 anos.

Ela disse que não boicotou o Enade, como o fizeram outros estudantes, mas queixou-se do tamanho da prova. "Das 49 questões, sete eram discursivas. Em uma delas, tínhamos que escrever muito, muito mesmo. Mesmo com toda a boa vontade do mundo, não há quem tenha paciência de fazer essa prova como se fosse uma prova normal, da faculdade." Hellen Lima Teixeira, 30, endossa o discurso: "Hoje é domingo e a prova é grande e tem muita coisa que a gente ainda não viu na aula. Desse jeito, não dá para levar muito a sério", declarou a estudante, que também cursa o 2º semestre de Pedagogia.

O irmão de Hellen, Wellington, 23, faz Ciências Contábeis. Sua prova também tinha 49 questões. "Estava difícil demais. Só não tinha matemática no meu nome", brincou. Ele também é aluno do segundo semestre e, por isso, questiona a importância do provão para alunos que estão longe de se formar: "Tinha muita coisa ali que eu nunca nem ouvi falar a respeito."

Além do tamanho e do conteúdo das provas, os alunos queixaram-se do fato de apenas os estudantes de Direito poderem consultar seus cadernos, livros e apostilas. "Por que só eles podem, hein?", indagou Hellen. "A gente tem de fazer a prova na cara e na coragem", completou Wellington.





Fonte: G1

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