![Sorteio Geladeira](/promocao/banner_geladeira.gif)
![Sorteio Geladeira](/promocao/banner_geladeira_300x100.gif)
Repórter News - reporternews.com.br
"Regras do jogo" eleitoral ainda geram divisão na Venezuela
A três semanas das eleições presidenciais no dia 3 de dezembro, o processo eleitoral na Venezuela ainda sofre com a falta de confiança de boa parte da população no sistema eleitoral, e a falta de compromisso da oposição em afirmar que vai aceitar o resultado em caso de derrota.
Muitos eleitores de oposição ao presidente Hugo Chávez não confiam no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o órgão responsável pelas eleições, acusado de partidarismo em favor do governo.
A oposição desconfia que as máquinas usadas no voto eletrônico podem permitir fraudes, e que o sistema digital de identificação dos eleitores pode violar o segredo do voto.
O CNE já afirmou várias vezes que o processo é seguro, mas a dúvida permanece. Além disso, o governo vem pressionando o candidato da oposição, Manuel Rosales, para afirmar que vai aceitar o resultado caso seja derrotado. Até agora, Rosales não assumiu o compromisso.
"Esta desconfiança do sistema gera uma tensão", disse à BBC Brasil o analista político Alberto Garrido. Ele acrescenta que mesmo se Rosales aceitar a derrota, isso não é uma garantia de que toda a oposição vai fazer o mesmo.
"Rosales é um candidato, e tem se mostrado um bom candidato, mas não é um líder, não mobiliza as pessoas", afirmou Garrido. Ele acredita que Rosales não teria força suficiente para levar toda o bloco anti-chavista a aceitar uma derrota.
Conflito Já o presidente Chávez tem dado declarações conflitantes. Ele já disse que depois de vencer esta eleição vai convocar um referendo daqui a três anos para permitir sua reeleição por tempo indefinido ¿ pela legislação atual, só pode ser reeleito uma vez. Ao mesmo tempo, na semana passada, Chávez disse que vai respeitar o resultado das urnas no dia 3 de dezembro "quem quer que seja o vencedor".
Neste fim de semana, enquanto o canal de televisão estatal mostrava, várias vezes, a nova ponte sobre o Rio Orinoco - que será inaugurada nesta segunda-feira pelos presidentes Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva - os canais de televisão privados, de oposição a Chávez, exibiam reportagens questionando o processo eleitoral.
Neste sábado, o assunto era a máquina de identificação digital que, segundo acusações da oposição, permitiria a identificação do voto de cada eleitor. O CNE nega. "Esta máquina não serve para nada, só atrasa o processo eleitoral", disse Rosales, num evento de campanha, no interior do país.
Pesquisas A maioria das pesquisas de intenção de voto indicam a vitória de Chávez, mas cada uma apresenta um número diferente. A da empresa de consultoria Consultores 30.11, divulgada esta semana, indica uma preferência de 57% do eleitorado para a reeleição de Chávez. O candidato da oposição, Manuel Rosales, teria 35%. Outros 7% ainda não sabem em quem votar.
Outra pesquisa, mais favorável ao candidato da oposição, aponta um empate entre Chávez e Rosales. Garrido diz que acredita que Chávez vai vencer a eleição, mas não se arrisca a seguir a indicação de nenhuma pesquisa. "Elas mostram resultados tão diferentes que não podem ser confiáveis", afirma o analista.
O voto não é obrigatório na Venezuela, e a eleição acontece em apenas um turno. Quem ficar em primeiro lugar vence, sem necessidade de um número mínimo de votos. O mandato é de seis anos, com a possibilidade de um referendo no meio do período para confirmar o restante do mandato ou convocar eleições antecipadas.
Mudança de estratégia Chávez foi confirmado no cargo em 2004 por um referendo que agravou a divisão no país com as acusações da oposição de que houve fraude ¿ apesar de o processo ter sido aprovado por observadores internacionais, como o Centro Carter e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A oposição boicotou a eleição legislativa do ano passado, que teve 80% de abstenção e votos nulos e resultou num Congresso composto inteiramente de partidários de Chávez.
Depois da derrota, a oposição decidiu mudar de estratégia e se uniu em torno de um candidato único para aumentar as chances de derrotar o presidente.
Tradicionalmente, a abstenção ficava em torno de 40% dos eleitores registrados. Neste ano, são 14 milhões de eleitores registrados, numa população de 27 milhões de habitantes.
A campanha de Chávez se concentra em dizer aos eleitores que quer conseguir 10 milhões de votos. Na eleição de 2000, o presidente foi eleito com 56% dos votos.
Muitos eleitores de oposição ao presidente Hugo Chávez não confiam no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o órgão responsável pelas eleições, acusado de partidarismo em favor do governo.
A oposição desconfia que as máquinas usadas no voto eletrônico podem permitir fraudes, e que o sistema digital de identificação dos eleitores pode violar o segredo do voto.
O CNE já afirmou várias vezes que o processo é seguro, mas a dúvida permanece. Além disso, o governo vem pressionando o candidato da oposição, Manuel Rosales, para afirmar que vai aceitar o resultado caso seja derrotado. Até agora, Rosales não assumiu o compromisso.
"Esta desconfiança do sistema gera uma tensão", disse à BBC Brasil o analista político Alberto Garrido. Ele acrescenta que mesmo se Rosales aceitar a derrota, isso não é uma garantia de que toda a oposição vai fazer o mesmo.
"Rosales é um candidato, e tem se mostrado um bom candidato, mas não é um líder, não mobiliza as pessoas", afirmou Garrido. Ele acredita que Rosales não teria força suficiente para levar toda o bloco anti-chavista a aceitar uma derrota.
Conflito Já o presidente Chávez tem dado declarações conflitantes. Ele já disse que depois de vencer esta eleição vai convocar um referendo daqui a três anos para permitir sua reeleição por tempo indefinido ¿ pela legislação atual, só pode ser reeleito uma vez. Ao mesmo tempo, na semana passada, Chávez disse que vai respeitar o resultado das urnas no dia 3 de dezembro "quem quer que seja o vencedor".
Neste fim de semana, enquanto o canal de televisão estatal mostrava, várias vezes, a nova ponte sobre o Rio Orinoco - que será inaugurada nesta segunda-feira pelos presidentes Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva - os canais de televisão privados, de oposição a Chávez, exibiam reportagens questionando o processo eleitoral.
Neste sábado, o assunto era a máquina de identificação digital que, segundo acusações da oposição, permitiria a identificação do voto de cada eleitor. O CNE nega. "Esta máquina não serve para nada, só atrasa o processo eleitoral", disse Rosales, num evento de campanha, no interior do país.
Pesquisas A maioria das pesquisas de intenção de voto indicam a vitória de Chávez, mas cada uma apresenta um número diferente. A da empresa de consultoria Consultores 30.11, divulgada esta semana, indica uma preferência de 57% do eleitorado para a reeleição de Chávez. O candidato da oposição, Manuel Rosales, teria 35%. Outros 7% ainda não sabem em quem votar.
Outra pesquisa, mais favorável ao candidato da oposição, aponta um empate entre Chávez e Rosales. Garrido diz que acredita que Chávez vai vencer a eleição, mas não se arrisca a seguir a indicação de nenhuma pesquisa. "Elas mostram resultados tão diferentes que não podem ser confiáveis", afirma o analista.
O voto não é obrigatório na Venezuela, e a eleição acontece em apenas um turno. Quem ficar em primeiro lugar vence, sem necessidade de um número mínimo de votos. O mandato é de seis anos, com a possibilidade de um referendo no meio do período para confirmar o restante do mandato ou convocar eleições antecipadas.
Mudança de estratégia Chávez foi confirmado no cargo em 2004 por um referendo que agravou a divisão no país com as acusações da oposição de que houve fraude ¿ apesar de o processo ter sido aprovado por observadores internacionais, como o Centro Carter e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A oposição boicotou a eleição legislativa do ano passado, que teve 80% de abstenção e votos nulos e resultou num Congresso composto inteiramente de partidários de Chávez.
Depois da derrota, a oposição decidiu mudar de estratégia e se uniu em torno de um candidato único para aumentar as chances de derrotar o presidente.
Tradicionalmente, a abstenção ficava em torno de 40% dos eleitores registrados. Neste ano, são 14 milhões de eleitores registrados, numa população de 27 milhões de habitantes.
A campanha de Chávez se concentra em dizer aos eleitores que quer conseguir 10 milhões de votos. Na eleição de 2000, o presidente foi eleito com 56% dos votos.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/261107/visualizar/
Comentários