Irmão de fotógrafo assassinado morre baleado nas Filipinas

O irmão de um repórter fotográfico filipino assassinado há vários meses nos arredores de Manila foi morto a tiros hoje por duas pessoas não identificadas, na presença de três crianças, que ficaram feridas, informou a imprensa local.

A rede de televisão local "ABS-CBN" disse que os agressores invadiram a casa de Ernesto Melendrez e atiraram nele. Neste momento, Melendrez estava diante de um sobrinho e de outras duas crianças - os três menores foram levados para o hospital com ferimentos.

Ernesto era irmão de Dick Melendrez, fotógrafo que trabalhava para o jornal "Tanod" e que foi assassinado em 31 de julho, quando ia à sede da Polícia de Malabon, a noroeste da capital filipina, para assistir a uma entrevista coletiva.

Um primo dos irmãos assassinados, Albert Orsolino, fotógrafo do jornal "Saksi Ngayon", também morreu de forma violenta em meados de maio. Por isso, as autoridades investigam a possibilidade de os três crimes estarem relacionados.

Nove jornalistas foram assassinados nas Filipinas este ano, e já são 46 desde que Gloria Macapagal Arroyo assumiu a Presidência do país, em 2001.

Em outro episódio, um grupo de pessoas não identificadas matou a tiros um dirigente local de Bengued, na província de Abra, cerca de 345 quilômetros ao norte de Manila.

James Bersamin, membro do conselho provincial de Abra, foi assassinado na madrugada de sábado, quando caminhava em um parque público de Bengued.

Bersamin morreu enquanto era socorrido em um hospital local.

As autoridades investigam as causas do crime, inclusive a possibilidade de que tenha sido por motivação política, diante das eleições previstas para o próximo ano.

Cerca de 800 pessoas, simpatizantes e membros de partidos e grupos de esquerda, morreram nas Filipinas por razões políticas durante a Administração de Macapagal Arroyo, segundo os dados da organização de direitos humanos Karapatan (Direito), a principal das Filipinas.