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Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 14:28

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Para deixar sua grade de programação completa e atrair cada vez mais telespectadores, a Band, em parceria com a RTP - Rádio e Televisão Portuguesa, estréia Paixões Proibidas no próximo dia 14, às 22h, e mostra que não teme se aventurar na guerra de audiência pelo horário em que a Globo ainda reina e a Record se envereda cada vez mais.

"Apesar de ser um mercado congestionado, a Band acredita no poder que a teledramaturgia tem de fidelizar os telespectadores", defende Marcelo Parada, vice-presidente da emissora.

A telenovela - que só será exibida em janeiro do ano que vem em Portugal - é uma co-produção luso-brasileira escrita por Aimar Labaki e livremente inspirada em três livros do autor português Camilo Castelo Branco.

"Os romances do Camilo são geniais. Mas como uma simples transposição seria impossível, resolvi mudar as tramas dos originais portugueses", adianta Labaki.

Ansiosos com a proximidade da estréia, diretor, atores e toda a equipe envolvida na novela não se cansam de falar sobre a parceria entre os dois países.

"Já se foram seis anos entre viagens do Brasil para Portugal e de lá para cá e agora estamos tendo a chance de ver esse sonho se realizar", derrama-se Parada.

Já Labaki está curioso em relação à receptividade dos públicos brasileiro e português. "Quero muito saber como eles vão receber nossa novela", afirma, garantindo que ambos vão encontrar muita aventura, romance, humor e sensualidade em Paixões Proibidas.

Dirigida por Ignácio Coqueiro e pelo português Virgílio Castelo, que também atua como o misterioso Padre Dinis, a trama se passa no início do Século XIX e é repleta de histórias atraentes, entre elas, o amor proibido de Simão de Azevedo e Teresa Dias, representados por Miguel Thiré e Anna Sophia Folch, a vida misteriosa do Padre Dinis e as paixões de Alberto Miranda, interpretado por Felipe Camargo.

"O Simão é absolutamente romântico e se apaixona perdidamente pela filha do maior inimigo de seu pai", adianta Miguel Thiré.

Como a trama também se passa na Lisboa de 1805, a produção buscou adiantar ao máximo as gravações na Europa. Foram 15 dias de trabalho intenso, envolvendo atores brasileiros e portugueses.

"Foi um trabalho excepcional lá em Portugal. Apesar da correria, o resultado foi positivo", garante Ignácio Coqueiro, que não encontrou dificuldade na hora de escalar o elenco. "O Brasil e Portugal estão recheados de excelentes profissionais", valoriza.

Já no Brasil, as cenas começaram a ser gravadas mais tarde, em instalações de 18 mil m² construídas em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. Além dessa grande área, a produção ainda utilizou locações como a Fortaleza de Santa Cruz, a Praia de Grumari, a Floresta da Tijuca, um antigo colégio no Alto da Boa Vista e uma fazenda no interior do Estado do Rio.

"Como os cenários são fixos, estamos usando elementos reais para garantir a qualidade. Assim, não temos que ficar retocando", revela a cenógrafa Cláudia Alencar, que coordenou a construção de 10 grandes cenários em três estúdios que totalizam 2.700 m².

Com um pé na realidade e outro na fantasia, a novela se passa no ano de 1805. Todas as áreas envolvidas na produção - da cenografia ao figurino, passando pela produção de arte e caracterização - trabalham juntas para que a época seja retratada da forma mais realista possível.

"Fizemos leituras sobre a época e ainda tivemos aulas de etiqueta para aprender como as mulheres se comportavam no Século XIX", explica Maria Carolina Ribeiro, que viverá a sensual Eugênia Valente.

Em nome da época Para reconstituir o Rio de Janeiro e a Lisboa de 1805, a equipe de produção de Paixões Proibidas tem trabalhado um bocado. Imagens de como seriam estas cidade no início do século XIX - geradas por computação gráfica - estão sendo misturadas ao movimento de carruagens, escravos e embarcações.

"O truque é trabalhoso. Cada minuto de cena leva uma semana para ser finalizado", diz Ignácio Coqueiro. Tudo acontece da seguinte forma: depois que os atores gravam cenas no Centro do Rio, na baía de Guanabara e em Lisboa, as imagens passam por uma limpeza geral nos computadores, que excluem fios, prédios modernos e quaisquer outras interferências.

A preocupação em retratar o cotidiano de 1805 com a maior verossimilhança possível também se estende aos figurinos do elenco. Ao todo, são mais de 3 mil peças, entre roupas e adereços, que vão vestir os quase 40 personagens fixos da novela. Cada personagem tem entre seis e dez figurinos completos.

Quando chegar na metade da novela, Ricardo Raposo - coordenador da equipe de figurinistas, produtores, costureiras e camareiros - vai tingir, rebordar e mudar os trajes.

"É como se o personagem ganhasse uma roupa nova", explica Raposo. Por conta dos costumes da época, os atores também estão proibidos de tomar sol. "Praia, só sob guarda-sol e muito protetor solar", brinca Guilherme Pereira, coordenador da equipe de cabeleireiros e maquiadores.

Instantâneas # A Biblioteca da Academia de Ciências de Lisboa, que há 20 anos não era aberta para gravações, também ambientou algumas cenas de Paixões Proibidas # A trilha sonora da novela será composta por músicas portuguesas e brasileiras contemporâneas e dos anos 70 e 80.

# A equipe de produção e arte também caprichou na busca por objetos e ítens de decoração da época. A garimpagem incluiu mancebos, oratórios, porcelanas, lustres, candelabros, espadas, facas, armas de fogo e outros utensílios usados no Século XIX.

Quem é Quem em Paixões Proibidas

Simão de Azevedo (Miguel Thiré) - Bem-humorado e de espírito aventureiro, Simão é jovem, inteligente e às vezes irresponsável. Depois de ser expulso da faculdade, volta ao Brasil, onde conhece Teresa, por quem se apaixona perdidamente.

Teresa Dias (Anna Sophia Folch) - Filha de Tadeu e irmã de Joaquim, tem na escrava Rosália uma segunda mãe. É culta e educada e, por isso, bem diferente de sua família. Vai se apaixonar por Simão, filho do maior inimigo de seu pai.

Mariana Araújo (Julianne Trevisol) - De modos simples, Mariana é uma camponesa. Criada pelo pai, o ferreiro João Araújo, ela vai se apaixonar por Simão e cometerá crimes e maldades em nome dessa paixão.

Domingos de Azevedo (Flávio Galvão) - É o juiz de fora nomeado pela corte portuguesa para manter a ordem em Vila de Resende. Casado com Rita, pai de Manuel, Simão e Ana, Domingos ama a família, mas parece um tanto frio com os familiares.

Tadeu Dias (Antônio Grassi) - Bruto e violento, Tadeu é pai de Teresa e Joaquim. Nasceu pobre, mas enriqueceu fazendo tráfico de escravos, especiarias e ouro. Fazendeiro e dono da taberna e hospedaria da Vila de Resende, Tadeu quer controlar a todos e, em especial, a filha.

Padre Dinis (Virgílio Castelo) - É atormentado por um passado trágico que insiste em esconder. Batizado como Sebastião de Meneses em Portugal, foi levado ainda jovem para a França, onde se casou e se tornou Duque de Ponthieu. É pai de Elisa de Mandeville e Arthur, que vivem em Lisboa e há muito não têm notícias do pai. No Brasil, Padre Dinis ama Antônia Valente há anos, mas não demonstra seus sentimentos.

Antônia Valente (Suzy Rêgo) - Filha de comerciantes que enriqueceram, Antônia teve educação refinada, mas quando perdeu tudo foi obrigada a enfrentar a vida. Mulher forte e digna, dedica-se à busca pela filha, roubada ainda criança. Apaixonada por Padre Dinis, vive com ele como se fossem irmãos.

Eugênia Valente (Maria Carolina Ribeiro) - Eugênia é a filha de Antônia que foi roubada da mãe por ciganos quando tinha 5 anos. Cresce na marginalidade e na adolescência vai trabalhar como criada na casa do barão de Torres Novas, Álvaro de Souza, onde acaba virando sua amante.

Alberto Miranda (Felipe Camargo) - Nasceu no Brasil, cigano, e ao vender uma criança, usa o dinheiro para tentar a sorte na Europa, primeiro como marujo, mas logo como um pirata. Enriquece e muda-se para Portugal, onde muda de nome e se apaixona pela Duquesa de Ponthieu, Elisa de Mandeville. Devido a um trágico acontecimento, se vê obrigado a viajar para o Brasil.

Samuel Goldberg (Michel Bercovitch) - Único amigo de verdade de Alberto, de quem realmente gosta, à parte os negócios que têm juntos.

Ana de Azevedo (Bruna Brignol) - Filha caçula dos Azevedo e xodó do juiz Domingos, Ana foi criada entre meninos e por isso é quase um moleque, para desgosto da mãe, que não consegue ensinar à menina os modos da corte portuguesa.

Manuel de Azevedo (Leonardo Carvalho) - Primogênito de Domingos e Rita, Manuel é um escroque. Estuda em Coimbra e faz de tudo para se formar e conseguir um emprego público no Brasil para ficar bebendo e dormindo com as raparigas.

Joaquim Dias (Erom Cordeiro) - Filho de Tadeu Dias. De má índole e violento, Joaquim tem prazer em espancar as pessoas, principalmente os escravos. Controla a irmã Teresa porque desconfia que ela esconda algo.

Rosália (Dani Ornellas) - Escrava da casa de Tadeu Dias, Rosália é forte e muito sensual. Após a morte da mãe de Teresa, cria a menina. Odeia os patrões Tadeu e Joaquim, mas não foge por medo de ser morta.

José (Ronnie Marruda) - Escravo que luta pela liberdade e sonha em fugir para um quilombo. Apaixona-se por Rosália e será um pai para Zuza.

Adelaide (Leonor Seixas) - Moça simples, que se casou com Estevão e veio estudar em Coimbra. Apaixona-se por Manuel, o melhor amigo do marido, e não sabe que o brasileiro finge ser triste e solitário para enganá-la.

Estevão (Nuno Pardal) - Simples e sem malícia, é casado com Adelaide e muito amigo do brasileiro Manuel.

Mateus Correia (Pedro Lamares) - Português e estudante da Universidade de Coimbra, Mateus é o melhor amigo de Simão. Ao ser também expulso, resolve seguir com o amigo para o Brasil.

Álvaro de Souza (Celso Frateschi) - Ele é o Barão de Barbacena. Explosivo, é marido de Ângela e amante de Eugênia. Mantém as duas na mesma casa.

Ângela de Souza (Graziella Moretto) - Esposa do Barão de Barbacena, Ângela vive enclausurada em seu quarto, vítima da crueldade do marido, que não a perdoa por ter se casado com ele sem ser virgem.





Fonte: TV Press

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