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Internacional
Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 13:46

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O sistema econômico global precisa ser radicalmente transformado se o mundo quiser começar a reduzir o número de pessoas que vivem com fome, disse neste domingo o papa Bento 16.

O papa citou um recente relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) segundo o qual não houve redução no número de pessoas famintas desde 1990.

"Há certamente uma necessidade de eliminar as causas estruturais ligadas ao sistema de governança do modelo econômico que destina a maioria dos recursos para uma minoria da população", disse Bento 16 em seu discurso semanal de domingo.

O papa repetiu opiniões de seu antecessor, João Paulo 2o, que costumava falar contra os lados negativos da globalização e pediu diversas vezes uma "nova ordem mundial", que daria prioridade às necessidades dos pobres e famintos.

"Para ter um grande impacto, é necessário converter o modelo de desenvolvimento global -- algo que não é necessário somente pelo escândalo da fome, mas também por emergências ambientais e de energia", disse ele a peregrinos na Praça de São Pedro.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU para 2006, divulgado na semana passada, mostrou que a arrecadação combinada das 500 pessoas mais ricas do mundo já é maior do que a das 416 milhões de pessoas mais pobres.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) disse em relatório no mês passado que há 854 milhões de pessoas desnutridas no mundo e que o número está crescendo em quatro milhões por ano.

Além de pedir por mudanças no nível global, Bento 16 afirmou que os indivíduos também precisam garantir que seus estilos de vida não causem mais fome e danos ambientais.

"Cada pessoa e cada família precisa fazer algo para aliviar a fome no mundo."





Fonte: Reuters

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