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Esportes
Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 09:38

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Após um ano do caso Edílson Pereira de Carvalho, os escândalos de manipulações de resultados parecem ter arrefecido no Brasil. Mas nos Estados Unidos, alguns casos foram descobertos no esporte universitário, muito tradicional no país. O esquema envolve apostadores e jogadores das equipes.

Michael Franzese é ex-chefe da Cosa Nostra, a máfia americana. Descendente de italianos, ele participava de um esquema de manipulação de resultados nos esportes americanos. A organização aliciava os jovens jogadores e, em troca, eles tinham que fazer esforço pela derrota de suas equipes por uma margem definida de pontos. A armação favorecia a máfia, que lucrava muito com a prática.

- Lucrei muito com esse tipo de prática. A manipulação de resultados era uma de minhas principais fontes de renda, a outra era a adulteração de gasolina – afirma Franseze, em entrevista aos repórteres Lucio de Castro e Roberto Beckett, da TV Globo.

Descoberto o crime, Michael ficou preso por sete anos, sendo dois na solitária, em uma prisão federal de segurança máxima. Após esse tempo, o FBI lhe fez uma proposta para que delatasse as práticas e ajudasse o governo conscientizando esses jovens. Atualmente, ele ministra palestras não só para atletas universitários, mas para estreantes de ligas americanas profissionais como a NBA, NFL (futebol americano), NHL (hóquei no gelo) e PGA (golfe).

- Falo principalmente sobre o risco de se envolver em manipulação de apostas e com a máfia – continua.

Ele não faz mais parte da máfia e, por causa de seu trabalho no FBI, vive sob proteção da polícia americana. Michael considera que, com o advento da internet, criou-se o ambiente ideal para este tipo de prática. Os sites costumam operar em pequenas salas, em países como a Costa Rica.

E não é só nos Estados Unidos que a manipulação de resultados preocupa. O tênis mundial também sofreria com o uso desta prática. Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros, menciona alguns jogos estranhos, com derrotas inusitadas de tenistas fortes.

- São acontecimentos que preocupam muito a quem é praticante e gosta do esporte – afirma Guga, em entrevista aos repórteres Lucio de Castro e Roberto Beckett, da TV Globo.





Fonte: Globoesporte.com

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